Angela Merkel é eleita pela 4ª vez como chanceler da Alemanha
O mandato, que provavelmente será seu último, promete ser o mais complicado até agora, uma vez que irá liderar uma coalizão frágil
EFE
Publicado em 14 de março de 2018 às 08h22.
Última atualização em 14 de março de 2018 às 09h25.
Berlim - O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, nomeou formalmente nesta quarta-feira a chanceler Angela Merkel depois de ela obter apoio majoritário no Bundestag (Parlamento) para o quarto mandato, com o voto de conservadores e social-democratas.
A rápida cerimônia aconteceu no Palácio de Bellevue, a residência oficial do presidente, apenas uma hora depois de o Parlamento reeleger a política.
Ela já jurou o cargo no Bundestag. A previsão é de que ela volte ainda hoje ao Bellevue para o nomeação de todos os ministros do novo Executivo.
"Juro dedicar todas as minhas forças para o bem-estar do povo alemão, multiplicar os seus lucros, evitar prejuízos, garantir e defender a constituição e as leis do país, cumprir com as minhas obrigações e ser justa com todo mundo", disse ela, lendo o artigo 56 da Lei Fundamental.
No Bundestag, Merkel recebeu o apoio de 364 deputados, dos 692 votos emitidos - o mínimo era 355 -, enquanto 315 votaram contra, nove se abstiveram e quatro anularam. Isto significa que 35 deputados da grande coalizão não apoiam Merkel (não estavam presentes ou não votaram 'sim') atualmente, já que entre a União Democrata-cristã (CDU) da chanceler, a União Social-cristã da Baviera (CSU) e os parceiros do Partido Social-democrata (SPD) somam 399 cadeiras.
Depois de quase seis meses de bloqueio político em Berlim, ela começa o quarto mandato seguido, o seu terceira ao lado dos social-democratas.
As eleições de 24 de setembro deixaram o Parlamento fragmentado e poucas opções de formar um governo estável pela queda dos dois grandes partidos - conservadores e social-democratas - e a súbita ascensão do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD). O AfD se transformou, devido a um acordo de coalizão, na maior força da oposição, na primeira vez no Bundestag, com 92 postos.
O Parlamento tem representantes de Partido Liberal (FDP), com 80 cadeiras; Esquerda, com 69; Os Verdes, com 67; e dois independentes, que se separaram da direita radical nos estágios iniciais da legislatura. No novo Executivo nove pastas estão nas mãos dos conservadores (entre elas, Interior, Economia e Defesa) e seis nas dos social-democratas (como Relações Exteriores, Finanças e Trabalho).