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Mercosul aprova criação de cargo de alto representante

Segundo Celso Amrim, cargo será a "cara" do bloco; Ministro descartou que ele ou o presidente Lula sejam candidatos

Celso Amrim disse que não há prazo para o ocupante do cargo ser indicado (Arquivo)

Celso Amrim disse que não há prazo para o ocupante do cargo ser indicado (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 18h02.

Foz do Iguaçu - O Mercado Comum do Sul (Mercosul) aprovou nesta quinta-feira a criação do cargo de alto representante, informou o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, em entrevista coletiva.

"É para o Mercosul ter uma cara" para se apresentar. "(Ele) é quem vai falar em nome do Mercosul, por exemplo, nas consultas políticas com a Turquia e a Rússia", disse o ministro.

O chanceler destacou que, apesar da criação do cargo de alto representante ter sido aprovada pelo Conselho do Mercado Comum (CMC), reunido nesta quinta-feira em Foz do Iguaçu durante a 40ª cúpula do bloco, ainda não foi definido quem o ocupará nem quando o primeiro titular do cargo será escolhido.

Amorim acrescentou que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não são candidatos ao cargo.

O chanceler ressaltou que o alto representante terá funções muito diferentes das que tinha o presidente da Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul, cargo que foi exercido pelo ex-presidente da Argentina Eduardo Duhalde e pelo ex-vice-presidente do país Carlos "Chacho" Álvarez.

Este organismo foi criado em 2003 para servir como representante do Mercosul, mas não teve essa função, pois era integrado por representantes dos quatro países que formam o bloco.

Amorim destacou que agora é diferente, pois haverá um porta-voz que terá uma alta representação no bloco.

A criação do cargo de alto representante foi uma iniciativa do Brasil, que entregará na sexta-feira a Presidência semestral do bloco ao Paraguai, e a intenção é de que a pessoa escolhida para a função possa exercê-la por um mandato de três anos prorrogável apenas mais uma vez.

As atribuições do alto representante incluem ainda a apresentação ao CMC e ao Grupo Mercado Comum, os órgãos administrativos do bloco, de propostas vinculadas ao projeto de integração em áreas como saúde, educação e justiça.

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