Membro do BCE denuncia conflito de interesse nas agências de classificação
Os comentários foram feitos após a agência Standard & Poor's rebaixar a nota para a dívida dos Estados Unidos pela primeira vez na história
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2011 às 18h31.
Madri - José Manuel González-Páramo, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), afirmou neste domingo que as três agências de classificação financeira "estão submetidas a uma conflito de interesses escandaloso" e que o o setor precisava de concorrência.
"Temos um problema muito sério com as agências de classificação financeira", disse González-Páramo numa entrevista concedida ao jornal 'La Voz de Galicia'.
"As recomendações podem ser ruins ou péssimas, como foi demonstrado nas atuações dessas agências nos últimos anos, e elas não assumem nenhuma responsabilidade", completou.
"Também estão sendo submetidas a um conflito de interesses escandaloso. Hoje, elas continuam falhando e baseando suas análise não apenas em fatos, mas também em conjecturas, com informação parcial", criticou o economista.
Além disso, ele também defendeu a decisão do BCE de elevar as taxas de juros a 1,5% em julho apesar das turbulências nos mercados, alegando que a inflação desse mês na Europa foi de 2,5%, "o que significa que as taxas de juros a curto prazo são negativas e que a política monetária mantém uma orientação de acomodação".
Os comentários foram feitos após a agência Standard & Poor's (S&P) rebaixar a nota para a dívida dos Estados Unidos pela primeira vez na história, passando de "AAA" para "AA+".
As outras duas agências de classificação financeira, a Moody´s e a Fitch, deixaram a nota em "AAA".
Madri - José Manuel González-Páramo, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE), afirmou neste domingo que as três agências de classificação financeira "estão submetidas a uma conflito de interesses escandaloso" e que o o setor precisava de concorrência.
"Temos um problema muito sério com as agências de classificação financeira", disse González-Páramo numa entrevista concedida ao jornal 'La Voz de Galicia'.
"As recomendações podem ser ruins ou péssimas, como foi demonstrado nas atuações dessas agências nos últimos anos, e elas não assumem nenhuma responsabilidade", completou.
"Também estão sendo submetidas a um conflito de interesses escandaloso. Hoje, elas continuam falhando e baseando suas análise não apenas em fatos, mas também em conjecturas, com informação parcial", criticou o economista.
Além disso, ele também defendeu a decisão do BCE de elevar as taxas de juros a 1,5% em julho apesar das turbulências nos mercados, alegando que a inflação desse mês na Europa foi de 2,5%, "o que significa que as taxas de juros a curto prazo são negativas e que a política monetária mantém uma orientação de acomodação".
Os comentários foram feitos após a agência Standard & Poor's (S&P) rebaixar a nota para a dívida dos Estados Unidos pela primeira vez na história, passando de "AAA" para "AA+".
As outras duas agências de classificação financeira, a Moody´s e a Fitch, deixaram a nota em "AAA".