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Médica sul-africana diz que pacientes com ômicron têm sintomas leves

A doutora Angelique Coetzee, médica particular e presidente da Associação Médica da África do Sul, notou sete pacientes em sua clínica que apresentavam sintomas diferentes da variante Delta, embora "muito leves"

Vacinação em hospital de Joanesburgo, na África do Sul: desde sexta, 26, muitos países proibiram as viagens aéreas de e para a África do Sul, incluindo os Estados Unidos, outros países europeus e alguns países asiáticos. (POOL/AFP/Getty Images/Getty Images)

Vacinação em hospital de Joanesburgo, na África do Sul: desde sexta, 26, muitos países proibiram as viagens aéreas de e para a África do Sul, incluindo os Estados Unidos, outros países europeus e alguns países asiáticos. (POOL/AFP/Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2021 às 19h49.

Última atualização em 28 de novembro de 2021 às 20h02.

Uma médica sul-africana que foi uma das primeiras a suspeitar de uma cepa diferente de coronavírus entre seus pacientes disse neste domingo que os sintomas da variante ômicron eram até agora leves, podendo ser tratados em casa.

A doutora Angelique Coetzee, médica particular e presidente da Associação Médica da África do Sul, disse à Reuters que em 18 de novembro ela notou sete pacientes em sua clínica que apresentavam sintomas diferentes da variante Delta, embora "muito leves".

Agora designada ômicron pela Organização Mundial de Saúde, a variante foi detectada e anunciada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD) em 25 de novembro a partir de amostras retiradas de um laboratório de 14 a 16 de novembro.

Coetzee disse que um paciente em 18 de novembro relatou em sua clínica ter ficado "extremamente cansado" por dois dias, com dores no corpo e dor de cabeça.

"Sintomas nesse estágio estavam muito relacionados à infecção viral normal. E porque não tínhamos visto Covid-19 nas últimas oito a dez semanas, decidimos fazer o teste", disse ela, acrescentando que o paciente e sua família acabaram testando positivo para a doença.

No mesmo dia, mais pacientes chegaram com sintomas semelhantes. Foi quando ela percebeu que havia "algo mais acontecendo". Desde então, ela atendeu de dois a três pacientes por dia.

"Vimos muitos pacientes Delta durante a terceira onda. E isso não se encaixa no quadro clínico", disse ela, acrescentando que alertou o NICD no mesmo dia com os resultados clínicos.

"A maioria deles (médicos) está vendo sintomas muito, muito leves e nenhum deles até agora encaminhou pacientes para cirurgias. Temos sido capazes de tratar esses pacientes de forma conservadora em casa", disse ela.

Coetzee, que também faz parte do Comitê Consultivo Ministerial sobre Vacinas, disse que, ao contrário da Delta, até agora os pacientes não relataram perda de olfato ou paladar e não houve queda significativa nos níveis de oxigênio com a nova variante.

Sua experiência até agora mostra que a variante está afetando pessoas com 40 anos ou menos. Quase metade dos pacientes com sintomas de ômicron que ela tratou não foram vacinados.

"A queixa clínica mais predominante é o cansaço intenso por um ou dois dias", afirmou ela, também citando dor de cabeça e dores no corpo.

A notícia da nova variante que emergiu da África do Sul provocou uma reação rápida de vários países, incluindo o Reino Unido, que na sexta-feira impôs uma proibição de viagens a vários países do sul da África com efeito imediato, uma decisão que a África do Sul contestou veementemente.

Desde sexta, muitos países também proibiram as viagens aéreas de e para a África do Sul, incluindo os Estados Unidos, outros países europeus e alguns países asiáticos.

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