Mediador busca ajuda para evitar fracasso sobre Síria
Lakhar Brahimi disse que EUA e Rússia haviam prometido apoio renovado para manter nas conversações os lados inimigos da Síria
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 18h27.
Genebra - Alertando que o fracasso está sempre à espreita, o mediador das negociações de paz para a Síria , Lakhar Brahimi, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos e a Rússia haviam prometido apoio renovado para manter nas conversações os lados inimigos da Síria.
Diplomata da ONU , Brahimi se encontrou com representantes de alto escalão dos Estados Unidos e da Rússia em Genebra, na esperança de que os dois países, copatrocinadores do processo de negociações que já leva três semanas, possam enterrar suas diferenças profundas sobre a Síria e se imponham sobre a oposição e o governo sírio, respectivamente, para que o diálogo avance e se chegue a um compromisso.
"Eles reafirmaram gentilmente seu apoio para o que estamos tentando fazer e prometeram que ajudarão aqui e nas suas capitais e outras partes a desbloquear a situação para nós, porque até agora não tivemos muito progresso neste processo", disse Brahimi em entrevista à imprensa.
Depois de seu encontro de duas horas com a subsecretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, e o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Gennady Gatilov, os jornalistas perguntaram a Brahimi se o processo inteiro havia fracassado, ao que ele respondeu: "O fracasso está sempre olhando em nossa cara."
"No que se refere às Nações Unidas, nós certamente não vamos deixar de tentar alternativas se existir a possibilidade de seguir adiante. Se não houver, nós diremos." Um impasse entre a Rússia e potências ocidentais sobre resoluções da ONU e o envio de ajuda à Síria não ajudou a destravar o diálogo em Genebra, ao mesmo tempo que a continuidade dos combates deixa dezenas de milhares de pessoas sitiadas e esperando ajuda do exterior.
A Rússia disse que havia apresentado um esboço de resolução na ONU sobre o combate do "terrorismo" na Síria e seu plano para a melhoria do acesso à ajuda, lançando assim um desafio aos países ocidentais membros do Conselho de Segurança, os quais propuseram outro texto, que o governo russo diz que abriria o caminho para uma intervenção militar ocidental.
Em Genebra, onde uma segunda rodada de conversações de paz obteve pouco progresso desde segunda-feira, diplomatas ocidentais e delegados da oposição síria se queixaram de que o governo do presidente Bashar al-Assad estava se recusando a discutir propostas de transição de poder e esperavam que a Rússia o pressionasse a fazer isso.
Diplomatas ocidentais também afirmaram que esperam que a Rússia ponha mais pressão sobre o governo sírio para que faça mais concessões. Se não, alguns temem que uma terceira rodada de conversações possa não ocorrer em breve, depois do término das negociações desta semana.
Ativistas da oposição dizem que o ritmo das matanças aumentou nas três semanas desde o início do diálogo, alcançando um recorde de mais de 230 por dia, já que ambos os lados procuram ampliar suas condições de barganha conquistando mais território.
Nesta quinta-feira oposicionistas afirmaram que forças do governo lançaram por via aérea bombas em barris de petróleo em áreas sob controle rebelde ao redor de Damasco e Aleppo, bem como na cidade de al-Zara, perto de Homs.
Houve confrontos na província de Hama, perto de uma rodovia que os rebeldes vêm tentando bloquear para cortar as linhas de suprimento do governo.
Genebra - Alertando que o fracasso está sempre à espreita, o mediador das negociações de paz para a Síria , Lakhar Brahimi, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos e a Rússia haviam prometido apoio renovado para manter nas conversações os lados inimigos da Síria.
Diplomata da ONU , Brahimi se encontrou com representantes de alto escalão dos Estados Unidos e da Rússia em Genebra, na esperança de que os dois países, copatrocinadores do processo de negociações que já leva três semanas, possam enterrar suas diferenças profundas sobre a Síria e se imponham sobre a oposição e o governo sírio, respectivamente, para que o diálogo avance e se chegue a um compromisso.
"Eles reafirmaram gentilmente seu apoio para o que estamos tentando fazer e prometeram que ajudarão aqui e nas suas capitais e outras partes a desbloquear a situação para nós, porque até agora não tivemos muito progresso neste processo", disse Brahimi em entrevista à imprensa.
Depois de seu encontro de duas horas com a subsecretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, e o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Gennady Gatilov, os jornalistas perguntaram a Brahimi se o processo inteiro havia fracassado, ao que ele respondeu: "O fracasso está sempre olhando em nossa cara."
"No que se refere às Nações Unidas, nós certamente não vamos deixar de tentar alternativas se existir a possibilidade de seguir adiante. Se não houver, nós diremos." Um impasse entre a Rússia e potências ocidentais sobre resoluções da ONU e o envio de ajuda à Síria não ajudou a destravar o diálogo em Genebra, ao mesmo tempo que a continuidade dos combates deixa dezenas de milhares de pessoas sitiadas e esperando ajuda do exterior.
A Rússia disse que havia apresentado um esboço de resolução na ONU sobre o combate do "terrorismo" na Síria e seu plano para a melhoria do acesso à ajuda, lançando assim um desafio aos países ocidentais membros do Conselho de Segurança, os quais propuseram outro texto, que o governo russo diz que abriria o caminho para uma intervenção militar ocidental.
Em Genebra, onde uma segunda rodada de conversações de paz obteve pouco progresso desde segunda-feira, diplomatas ocidentais e delegados da oposição síria se queixaram de que o governo do presidente Bashar al-Assad estava se recusando a discutir propostas de transição de poder e esperavam que a Rússia o pressionasse a fazer isso.
Diplomatas ocidentais também afirmaram que esperam que a Rússia ponha mais pressão sobre o governo sírio para que faça mais concessões. Se não, alguns temem que uma terceira rodada de conversações possa não ocorrer em breve, depois do término das negociações desta semana.
Ativistas da oposição dizem que o ritmo das matanças aumentou nas três semanas desde o início do diálogo, alcançando um recorde de mais de 230 por dia, já que ambos os lados procuram ampliar suas condições de barganha conquistando mais território.
Nesta quinta-feira oposicionistas afirmaram que forças do governo lançaram por via aérea bombas em barris de petróleo em áreas sob controle rebelde ao redor de Damasco e Aleppo, bem como na cidade de al-Zara, perto de Homs.
Houve confrontos na província de Hama, perto de uma rodovia que os rebeldes vêm tentando bloquear para cortar as linhas de suprimento do governo.