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Matt Gaetz desiste de indicação para ser secretário de Justiça de Donald Trump

Ex-deputado está sob pressão por denúncias de má conduta sexual e corria o risco de não ser aprovado pelo Congresso

Matt Gaetz renuncia à indicação após denúncias comprometerem sua posição no governo Trump (AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 21 de novembro de 2024 às 15h37.

Última atualização em 21 de novembro de 2024 às 15h38.

O ex-deputado republicano Matt Gaetz anunciou sua retirada da indicação para o cargo de secretário de Justiça no governo de Donald Trump. A decisão ocorre após surgirem denúncias de má conduta sexual e uso de drogas ilícitas, além de uma investigação pelo Conselho de Ética da Câmara. Em declaração, Gaetz afirmou que o processo de confirmação estava se tornando uma “distração” para a transição de governo.

“Ontem (quarta-feira), tive excelentes reuniões com senadores. Agradeço o retorno atencioso deles, e o apoio incrível de tantos. Embora o momento tenha sido bom, está claro que minha confirmação estava injustamente se tornando uma distração para o trabalho crítico da transição”, escreveu Gaetz em sua conta no X, rede anteriormente conhecida como Twitter.

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Acusações pesam contra Gaetz

Durante sua carreira parlamentar, Gaetz enfrentou uma longa série de acusações. Segundo a CNN, há “múltiplas fotos” de mulheres que afirmam ter sido pagas para fazer sexo com ele. Além disso, foi investigado por tráfico sexual e por manter relações com uma menor de idade. Embora o caso tenha sido arquivado pelo Departamento de Justiça, abriu caminho para que a Comissão de Ética da Câmara retomasse as apurações.

Desde 2021, a comissão revisou milhares de documentos, ouviu testemunhas e emitiu intimações. Ainda assim, na semana passada, os republicanos na Câmara impediram a divulgação do relatório da Comissão, no qual o ex-deputado se referiu como “intromissão desconfortável” em sua vida privada.

Indicações polêmicas de Trump marcam transição

A renúncia de Gaetz soma-se às turbulências da equipe de transição de Trump. Outras indicações, como a do apresentador Pete Hegseth para o Departamento de Defesa e de Robert Kennedy Jr. para a Saúde, geraram controvérsias.
Hegseth, por exemplo, foi investigado por agressão sexual em 2017, após uma mulher relatar perda de memória e alegar que sua bebida poderia ter sido adulterada. Embora o caso tenha sido encerrado sem acusações, o nome do indicado trouxe novos questionamentos à transição.

Matt Gaetz, por sua vez, concluiu sua declaração reiterando apoio ao presidente eleito: “Seguirei totalmente comprometido em ver Donald J. Trump como o presidente mais bem-sucedido da história.”

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