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Marina defende terceira geração do Bolsa-Família

Em Natal, no Rio Grande do Norte, Marina Silva disse que o programa deve ser focado na profissionalização dos jovens

Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência da República, também criticou Dilma Rousseff e José Serra, por não saberem lidar com a alternância do poder.   (.)

Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência da República, também criticou Dilma Rousseff e José Serra, por não saberem lidar com a alternância do poder. (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

Natal - Pré-candidata a presidente da República pelo PV, a senadora Marina Silva defendeu hoje, no Rio Grande do Norte, a implementação de uma terceira geração do programa Bolsa-Família. Segundo ela, a ideia é continuar com a distribuição de renda, mas focando na profissionalização dos jovens.

"A primeira geração era o sacolão, não era o melhor caminho. A segunda geração foi o Bolsa-Família, transferência direta de renda com contrapartida simples, e a terceira geração deve promover a inclusão produtiva. Mantém-se o Bolsa-Família para as famílias em situação de risco, se faz investimento pesado em educação, para os jovens terem profissionalização e serem incluídos produtivamente. Além de uma cesta de oportunidades para as pessoas que querem ser treinadas para determinadas atividades", defendeu Marina, que está em Natal para cumprir agenda de dois dias.

Ela defendeu um plano de desenvolvimento sustentável para o Nordeste, semelhante ao que elaborou para Amazônia, quando foi ministra do Meio Ambiente. "Tem que se ter um Plano de Desenvolvimento Sustentável para o Nordeste brasileiro da mesma forma que fizemos para a Amazônia. Infelizmente o ministro Mangabeira Unger não implementou, mas foi um esforço fantástico que teve a participação de 22 Ministérios, onde trabalhamos os eixos para o desenvolvimento sustentável da região amazônica".


Alternância de poder
Marina afirmou que "lamenta profundamente" a retirada da candidatura de Ciro Gomes e alfinetou os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que teriam, em sua visão, "dificuldade para lidar com a alternância de poder".

"Lamento profundamente Ciro Gomes não seja candidato, porque isso ampliaria a possibilidade de escolha para os eleitores brasileiros. A democracia tem determinados custos, que é viabilizá-la na prática. É bonito dizer que é a favor dela do ponto de vista teórico. As pessoas fazem malabarismos para se evitar que tenha um leque maior de opção porque elas têm dificuldade de lidar com a ideia de alternância no poder", analisou.

A candidata do PV chamou a atenção para o que definiu de "realinhamento" entre PSDB e PT e disse que, se eleita, desejará governar com o que existe "de melhor" nesses partidos. "É fundamental o realinhamento histórico entre PT e PSDB, se ganhar vou querer governar com os melhores. Se o PT e PSDB continuarem sem conversar o Brasil, vai sempre ficar de mal a pior. O PSDB tentou governar sozinho e ficou refém do que havia de pior dos Democratas. O PT tentou governar sozinho e ficou refém do que havia de pior do PMDB. Se tivesse uma conversa entre os dois para assegurar os interesses estratégicos do Brasil, iríamos conseguir angariar base de sustentação, com os melhores do DEM e PMDB", completou.

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