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Mariela Castro apoia reeleição de Obama

Filha do presidente cubano Raúl Castro reivindicou também a libertação ''dos cinco'' cubanos acusados de espionagem nos Estados Unidos

''Devem ser libertados'', declarou a filha de Raúl Castro (Kimihiro Hoshino/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2012 às 20h08.

Washington - Mariela Castro, filha do presidente cubano, Raúl Castro, pediu a libertação do americano Alan Gross, preso em Cuba desde 2009, e expressou seu apoio à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama .

Em entrevista transmitida nesta segunda-feira pela rede ''CNN'', Mariela reivindicou ainda a libertação ''dos cinco'' cubanos acusados de espionagem nos Estados Unidos - um deles, René González, já se encontra em liberdade condicional em Miami (EUA).

''Acho que os seis devem ser libertados'', declarou a filha de Raúl Castro. ''Me refiro aos cinco cubanos e a Alan Gross. Acho que esta seria a solução mais feliz para todos eles''.

Cuba até agora recusou todas as tentativas dos EUA de solucionar pela via diplomática o caso de Gross, acusado de participar de planos subversivos contra o Estado cubano, enquanto Washington, por sua vez, negou a possibilidade de realizar uma ''troca'' de prisioneiros.

Mariela disse que as autoridades cubanas facilitaram a Gross ''tudo o que ele pediu'', como ver a esposa e ter visitas íntimas e foi tratado com dignidade, ''como sempre tratamos os prisioneiros em Cuba''. ''Por outro lado, não recebemos o mesmo tratamento para os cinco cubanos que têm sentenças muito longas'', protestou.

A sobrinha de Fidel Castro, que encerrou na semana passada uma visita às cidades americanas de San Francisco e Nova York - motivo de críticas tanto de políticos republicanos como de democratas nos EUA - confiou que as relações Washington-Havana melhorariam se Obama fosse reeleito em novembro.


''Como cidadã do mundo, gostaria (que ele ganhasse as eleições). Dentro do que há, prefiro Obama'', ressaltou Mariela. ''Acho que Obama é um homem justo'', acrescentou, perguntada sobre a possibilidade de uma maior abertura dos EUA em relação a Cuba e inclusive sobre o fim do embargo econômico imposto por Washington a Havana em 1962.

''Obama precisa de mais apoio para poder tomar essas decisões. Se Obama contasse com o completo apoio do povo americano, poderíamos normalizar as relações, poderíamos ter melhores relações até do que as que tivemos com o presidente (Jimmy) Carter'', destacou.

Durante a Presidência de Carter (1977-1981), foram criados os escritórios de interesses dos EUA e de Cuba nos respectivos países, e o então líder americano chegou inclusive a expressar sua oposição à política de embargo.

Em sua visita a San Francisco, onde proferiu palestras sobre diversidade sexual em um simpósio sobre a América Latina, Mariela Castro Espín já havia manifestado apoio a Obama para as eleições de novembro nos Estados Unidos, onde concorrerá a mais um mandato nas urnas.

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Washington - Mariela Castro, filha do presidente cubano, Raúl Castro, pediu a libertação do americano Alan Gross, preso em Cuba desde 2009, e expressou seu apoio à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama .

Em entrevista transmitida nesta segunda-feira pela rede ''CNN'', Mariela reivindicou ainda a libertação ''dos cinco'' cubanos acusados de espionagem nos Estados Unidos - um deles, René González, já se encontra em liberdade condicional em Miami (EUA).

''Acho que os seis devem ser libertados'', declarou a filha de Raúl Castro. ''Me refiro aos cinco cubanos e a Alan Gross. Acho que esta seria a solução mais feliz para todos eles''.

Cuba até agora recusou todas as tentativas dos EUA de solucionar pela via diplomática o caso de Gross, acusado de participar de planos subversivos contra o Estado cubano, enquanto Washington, por sua vez, negou a possibilidade de realizar uma ''troca'' de prisioneiros.

Mariela disse que as autoridades cubanas facilitaram a Gross ''tudo o que ele pediu'', como ver a esposa e ter visitas íntimas e foi tratado com dignidade, ''como sempre tratamos os prisioneiros em Cuba''. ''Por outro lado, não recebemos o mesmo tratamento para os cinco cubanos que têm sentenças muito longas'', protestou.

A sobrinha de Fidel Castro, que encerrou na semana passada uma visita às cidades americanas de San Francisco e Nova York - motivo de críticas tanto de políticos republicanos como de democratas nos EUA - confiou que as relações Washington-Havana melhorariam se Obama fosse reeleito em novembro.


''Como cidadã do mundo, gostaria (que ele ganhasse as eleições). Dentro do que há, prefiro Obama'', ressaltou Mariela. ''Acho que Obama é um homem justo'', acrescentou, perguntada sobre a possibilidade de uma maior abertura dos EUA em relação a Cuba e inclusive sobre o fim do embargo econômico imposto por Washington a Havana em 1962.

''Obama precisa de mais apoio para poder tomar essas decisões. Se Obama contasse com o completo apoio do povo americano, poderíamos normalizar as relações, poderíamos ter melhores relações até do que as que tivemos com o presidente (Jimmy) Carter'', destacou.

Durante a Presidência de Carter (1977-1981), foram criados os escritórios de interesses dos EUA e de Cuba nos respectivos países, e o então líder americano chegou inclusive a expressar sua oposição à política de embargo.

Em sua visita a San Francisco, onde proferiu palestras sobre diversidade sexual em um simpósio sobre a América Latina, Mariela Castro Espín já havia manifestado apoio a Obama para as eleições de novembro nos Estados Unidos, onde concorrerá a mais um mandato nas urnas.

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