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Manifestantes são dispersados com violência no Egito

Desde 14 de agosto, novo governo lançou polícia e Exército em onda de repressão extremamente sangrenta contra manifestantes que pedem retorno de Mohamed Mursi

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 18h44.

Cairo - As forças de ordem egípcias dispersaram nesta sexta-feira manifestantes islamitas, argumentando que não apresentaram o pedido de permissão para realizar um protesto , como determina uma lei promulgada no domingo.

Desde 14 de agosto, o novo governo lançou a polícia e o Exército em uma onda de repressão extremamente sangrenta contra manifestantes que pedem o retorno ao poder de Mohamed Mursi, primeiro presidente democraticamente eleito no Egito e destituído pelos militares.

Determinado a aplicar a nova lei que restringe o direito de manifestação, o Ministério do Interior advertiu quinta-feira à noite "contra a organização de qualquer mobilização (...) contrária à lei", afirmando que irá agir "contra essas atividades ilegais com firmeza".

Ignorando o aviso, os islamitas, liderados pela Irmandade Muçulmana, à qual pertence Mursi, convocaram manifestações nesta sexta-feira em todo o país, após a morte de um estudante durante a dispersão pela polícia de um protesto na Universidade do Cairo.

Na capital, policiais e soldados tentam dispersar centenas de manifestantes reunidos em frente ao palácio presidencial. Um jornalista da AFP no local ouviu tiros e relatou o uso de bombas de gás lacrimogêneo, enquanto os islamitas respondiam com pedras.

A polícia também fez uso de bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestações em Alexandria, a segunda maior cidade do país no norte, em Suez, Qena e el-Mahalla, segundo os serviços de segurança.

Este é um dia de teste, porque esta é a primeira sexta-feira desde a promulgação da polêmica lei sobre o direito de manifestação que provocou protestos entre os defensores dos direitos Humanos.

Após a destituição de Mursi, no início de julho, mais de mil pessoas, em sua maioria partidários do presidente deposto, foram mortas em manifestações e confrontos com a polícia.


Agora, as forças de segurança têm atacado também movimentos laicos e da juventude, que lideraram a revolta popular que derrubou Hosni Mubarak no início de 2011.

Terça-feira, a polícia dispersou dezenas de pessoas reunidas no centro do Cairo, no primeiro incidente na capital egípcia desde a promulgação da lei.

E na quarta e quinta-feira o procurador-geral ordenou a prisão de Ahmed Maher, fundador do movimento de 6 de abril - vanguarda da revolta de 2011 - e a de outro opositor, Alaa Abdel Fatah.

A esposa de Fatah afirmou em seu Twitter que foi agredida pela polícia durante a prisão do marido.

Nesta sexta, ele foi interrogado pela primeira vez, segundo fontes judiciais, que acrescentaram que ele foi acusado de ter organizado uma "manifestação ilegal", "causado tumulto", "agredido um policial e roubado seu transmissor rádio".

Já o ativista Ahmed Maher é acusado de organizar uma manifestação sem informar as autoridades três dias antes. Ele ainda não foi detido.

Maher escreveu em seu Twitter que "nosso sonho (durante a revolta de 2011) era viver com dignidade, mas os militares, (os restos do) regime corrupto de Mubarak e seus aliados (...) combatem este sonho com prisões e repressão".

Sobre a dispersão das manifestações na terça-feira, a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH) afirmou ter documentado vários casos de prisão, detenção e agressão contra manifestantes. Além disso, a FIDH relatou "assédio sexual de mulheres e homens" durante os protestos.

A lei promulgada no domingo prevê penas de um a cinco anos em regime fechado para crimes que vão do porte de capuzes ao de armas durante manifestações ou reuniões, e também obriga as organizações a informar as autoridades sobre o trajeto de suas manifestações, assim como as reivindicações e as palavras de ordem que serão usadas.

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Cairo - As forças de ordem egípcias dispersaram nesta sexta-feira manifestantes islamitas, argumentando que não apresentaram o pedido de permissão para realizar um protesto , como determina uma lei promulgada no domingo.

Desde 14 de agosto, o novo governo lançou a polícia e o Exército em uma onda de repressão extremamente sangrenta contra manifestantes que pedem o retorno ao poder de Mohamed Mursi, primeiro presidente democraticamente eleito no Egito e destituído pelos militares.

Determinado a aplicar a nova lei que restringe o direito de manifestação, o Ministério do Interior advertiu quinta-feira à noite "contra a organização de qualquer mobilização (...) contrária à lei", afirmando que irá agir "contra essas atividades ilegais com firmeza".

Ignorando o aviso, os islamitas, liderados pela Irmandade Muçulmana, à qual pertence Mursi, convocaram manifestações nesta sexta-feira em todo o país, após a morte de um estudante durante a dispersão pela polícia de um protesto na Universidade do Cairo.

Na capital, policiais e soldados tentam dispersar centenas de manifestantes reunidos em frente ao palácio presidencial. Um jornalista da AFP no local ouviu tiros e relatou o uso de bombas de gás lacrimogêneo, enquanto os islamitas respondiam com pedras.

A polícia também fez uso de bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestações em Alexandria, a segunda maior cidade do país no norte, em Suez, Qena e el-Mahalla, segundo os serviços de segurança.

Este é um dia de teste, porque esta é a primeira sexta-feira desde a promulgação da polêmica lei sobre o direito de manifestação que provocou protestos entre os defensores dos direitos Humanos.

Após a destituição de Mursi, no início de julho, mais de mil pessoas, em sua maioria partidários do presidente deposto, foram mortas em manifestações e confrontos com a polícia.


Agora, as forças de segurança têm atacado também movimentos laicos e da juventude, que lideraram a revolta popular que derrubou Hosni Mubarak no início de 2011.

Terça-feira, a polícia dispersou dezenas de pessoas reunidas no centro do Cairo, no primeiro incidente na capital egípcia desde a promulgação da lei.

E na quarta e quinta-feira o procurador-geral ordenou a prisão de Ahmed Maher, fundador do movimento de 6 de abril - vanguarda da revolta de 2011 - e a de outro opositor, Alaa Abdel Fatah.

A esposa de Fatah afirmou em seu Twitter que foi agredida pela polícia durante a prisão do marido.

Nesta sexta, ele foi interrogado pela primeira vez, segundo fontes judiciais, que acrescentaram que ele foi acusado de ter organizado uma "manifestação ilegal", "causado tumulto", "agredido um policial e roubado seu transmissor rádio".

Já o ativista Ahmed Maher é acusado de organizar uma manifestação sem informar as autoridades três dias antes. Ele ainda não foi detido.

Maher escreveu em seu Twitter que "nosso sonho (durante a revolta de 2011) era viver com dignidade, mas os militares, (os restos do) regime corrupto de Mubarak e seus aliados (...) combatem este sonho com prisões e repressão".

Sobre a dispersão das manifestações na terça-feira, a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH) afirmou ter documentado vários casos de prisão, detenção e agressão contra manifestantes. Além disso, a FIDH relatou "assédio sexual de mulheres e homens" durante os protestos.

A lei promulgada no domingo prevê penas de um a cinco anos em regime fechado para crimes que vão do porte de capuzes ao de armas durante manifestações ou reuniões, e também obriga as organizações a informar as autoridades sobre o trajeto de suas manifestações, assim como as reivindicações e as palavras de ordem que serão usadas.

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