Manifestantes protestam contra condenação de Berlusconi
Silvio Berlusconi foi condenado a sete anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de um cargo público
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 16h54.
Roma - A cidade de Roma foi palco de uma manifestação, nesta terça-feira, contra a condenação do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi a sete anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de um cargo público por incitação à prostituição de menores e abuso de poder no caso "Ruby".
Sob o lema "Todos somos putas", o diretor do jornal "Il Foglio", Guiliano Ferrara, presidiu uma pequena concentração na cêntrica praça Farnesio para expressar sua rejeição à "bárbara pena", segundo sua publicação, que foi ditada ontem por três juízas do Tribunal de Milão contra o empresário e político conservador.
Este processo é fruto de "uma grande e insana curiosidade da imprensa, aproveitada por ambientes políticos que fazem do ressentimento com Berlusconi uma arma política há 20 anos. Houve uma campanha midiática, uma tentativa de freá-lo por seus supostos intrigadores", disse Ferrera, em um ato retransmitido pela televisão.
A concentração aconteceu em torno de um pequeno palco no qual era possível ver o slogan da convocação junto uma imagem de Hosni Mubarak, cujo nome foi envolvido no caso Ruby quando Berlusconi afirmou que a jovem era sobrinha do então presidente do Egito, exigindo em uma delegacia que policiais libertassem a adolescente com a qual manteve relações sexuais, mediante pagamento, quando era menor de idade.
A atual companheira de Berlusconi, Francesca Pascale, também foi à manifestação e disse aos jornalistas que se sentia "ofendida por uma magistratura doente", que na Itália "não há Justiça" e que Berlusconi não sabia da intenção da jovem de comparecer no protesto. "Não me sinto uma puta e Ruby também não é"
Esta manifestação, que também contou a presença de membros do partido de Berlusconi, aconteceu horas antes do encontro que o atual primeiro-ministro, o social-democrata Enrico Letta, deve realizar nesta terça-feira com o próprio Berlusconi para abordar os principais temas de interesse do Governo de coalizão.
A reunião entre Berlusconi e Letta será chave para saber até que ponto o Executivo terá um longo percurso, depois que algumas vezes dentro do partido de Berlusconi falou-se sobre uma possível queda do Governo mais para o fim do ano se não detiver o que consideram uma "perseguição judicial" contra o líder.
De acordo com informações dos meios de comunicação italianos, Berlusconi quer abordar com Letta não só as possíveis medidas fiscais do Governo, mas também pretende fazer com que a reforma da Justiça seja prioridade na agenda do primeiro-ministro.
O jornal "La Repubblica", que cita filtragens da estafe de Berlusconi, assegura que o ex-primeiro-ministro dirá a Letta que por enquanto não tem intenção de retirar seu apoio ao Governo, mas que se a reforma da Justiça não for realizada, o Executivo poderia ter as horas contadas.
Desde Bruxelas, Guglielmo Epifani, secretário-geral do progressista Partido Democrata (PD) de Letta, advertiu hoje que "seria irresponsável fazer o Governo agir por conta dos episódios judiciais" que afetam Berlusconi.
"Por isso, repito que é necessário diferenciar os planos judicial e político: o Governo não pode viver em uma fibrilação contínua, dependendo dos prazos judiciais de Berlusconi, isto sim debilitaria a ação de Governo", afirmou Epifani, em declarações divulgadas pelos meios de comunicação italianos.
Roma - A cidade de Roma foi palco de uma manifestação, nesta terça-feira, contra a condenação do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi a sete anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de um cargo público por incitação à prostituição de menores e abuso de poder no caso "Ruby".
Sob o lema "Todos somos putas", o diretor do jornal "Il Foglio", Guiliano Ferrara, presidiu uma pequena concentração na cêntrica praça Farnesio para expressar sua rejeição à "bárbara pena", segundo sua publicação, que foi ditada ontem por três juízas do Tribunal de Milão contra o empresário e político conservador.
Este processo é fruto de "uma grande e insana curiosidade da imprensa, aproveitada por ambientes políticos que fazem do ressentimento com Berlusconi uma arma política há 20 anos. Houve uma campanha midiática, uma tentativa de freá-lo por seus supostos intrigadores", disse Ferrera, em um ato retransmitido pela televisão.
A concentração aconteceu em torno de um pequeno palco no qual era possível ver o slogan da convocação junto uma imagem de Hosni Mubarak, cujo nome foi envolvido no caso Ruby quando Berlusconi afirmou que a jovem era sobrinha do então presidente do Egito, exigindo em uma delegacia que policiais libertassem a adolescente com a qual manteve relações sexuais, mediante pagamento, quando era menor de idade.
A atual companheira de Berlusconi, Francesca Pascale, também foi à manifestação e disse aos jornalistas que se sentia "ofendida por uma magistratura doente", que na Itália "não há Justiça" e que Berlusconi não sabia da intenção da jovem de comparecer no protesto. "Não me sinto uma puta e Ruby também não é"
Esta manifestação, que também contou a presença de membros do partido de Berlusconi, aconteceu horas antes do encontro que o atual primeiro-ministro, o social-democrata Enrico Letta, deve realizar nesta terça-feira com o próprio Berlusconi para abordar os principais temas de interesse do Governo de coalizão.
A reunião entre Berlusconi e Letta será chave para saber até que ponto o Executivo terá um longo percurso, depois que algumas vezes dentro do partido de Berlusconi falou-se sobre uma possível queda do Governo mais para o fim do ano se não detiver o que consideram uma "perseguição judicial" contra o líder.
De acordo com informações dos meios de comunicação italianos, Berlusconi quer abordar com Letta não só as possíveis medidas fiscais do Governo, mas também pretende fazer com que a reforma da Justiça seja prioridade na agenda do primeiro-ministro.
O jornal "La Repubblica", que cita filtragens da estafe de Berlusconi, assegura que o ex-primeiro-ministro dirá a Letta que por enquanto não tem intenção de retirar seu apoio ao Governo, mas que se a reforma da Justiça não for realizada, o Executivo poderia ter as horas contadas.
Desde Bruxelas, Guglielmo Epifani, secretário-geral do progressista Partido Democrata (PD) de Letta, advertiu hoje que "seria irresponsável fazer o Governo agir por conta dos episódios judiciais" que afetam Berlusconi.
"Por isso, repito que é necessário diferenciar os planos judicial e político: o Governo não pode viver em uma fibrilação contínua, dependendo dos prazos judiciais de Berlusconi, isto sim debilitaria a ação de Governo", afirmou Epifani, em declarações divulgadas pelos meios de comunicação italianos.