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Mais violência em Paris, e coletes-amarelos seguem marchando

Ministério do Interior colocou o número total de manifestantes ao redor da França em 12.000 pessoas, incluindo 4.000 em Paris

Coletes amarelos: manifestações batizadas em nome dos coletes de alta visibilidade, começaram em meados de novembro (Kiran Ridley / Contributor/Getty Images)

Coletes amarelos: manifestações batizadas em nome dos coletes de alta visibilidade, começaram em meados de novembro (Kiran Ridley / Contributor/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 15h56.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2019 às 15h57.

PARIS (Reuters) - Milhares de manifestantes coletes-amarelos marcharam neste sábado pela 13ª semana, com conflitos em Paris e um manifestante tendo sua mão mutilada por uma pequena explosão.

Também houve um ataque incendiário na residência do chefe da Assembleia Nacional na Bretanha - embora, não tenha sido feito nenhuma ligação imediata com as ações contra o presidente Emmanuel Macron.

As manifestações dos coletes-amarelos, batizadas em nome dos coletes de alta visibilidade, começaram em meados de novembro, contra impostos sobre combustíveis, e se ampliaram em uma revolta mais geral contra a classe política, vista como desconectada com a vida das pessoas comuns.

Em Paris, milhares marcharam no sábado ao redor de símbolos do poder, como a Assembleia Nacional e o Senado.

Embora tenha sido majoritariamente pacífica, alguns manifestantes atiraram objetos contra forças de segurança, uma scooter e uma van da polícia foram incendiadas, e algumas vitrines de lojas, destruídas.

A mão de um participante foi severamente ferida quando ele tentou pegar uma "granada de dispersão", usada pela polícia para dispersar multidões com gás lacrimogêneo, disse uma fonte da polícia à Reuters.

Outro homem tinha sangue descendo pelo seu rosto à frente de uma linha da polícia.

O Ministério do Interior colocou o número total de manifestantes ao redor da França em 12.000 pessoas, incluindo 4.000 em Paris. A fonte policial, no entanto, disse que os números foram maiores, com 21.000 pessoas participando das manifestantes fora de Paris.

"Não somos crianças, somos adultos", disse Hugues Salone, um engenheiro de computação de Paris, entre os gritos e os cartazes segurados pelos manifestantes. "Realmente queremos reivindicar nossas escolhas, e não as escolhas dos políticos que não correspondem a elas."

Líderes do movimento colete-amarelo denunciaram a polícia pelos ferimentos dos manifestantes, mas também sofreram para conter a violência em suas próprias linhas.

Em fins de semana anteriores, Paris foi um campo de batalhas.

Políticos de todos os espectros condenaram o ataque com fogo à casa de Richard Ferrand, aliado próximo de Macron e presidente da câmara baixa do parlamento.

Ele publicou imagens no Twitter de uma sala de estar queimada, dizendo que a polícia encontrou materiais mergulhados em combustível. Ferrand disse que a intenção criminosa era a causa provável, apesar de a identidade dos criminosos não estar clara.

"Nada justifica intimidação e violência contra uma autoridade eleita da República", tuitou Macron, em relação ao incidente.

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