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Mais de 100 mil pessoas protestam na Geórgia contra presidente

Opositores querem a unificação da Geórgia para que ela seja membro de pleno direito da União Europeia e de outras organizações internacionais

Líder da oposição: "a irresponsabilidade das autoridades pôs sob ameaça a própria sobrevivência da Geórgia como Estado". (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2012 às 12h44.

Tbilisi - Mais de cem mil opositores foram às ruas neste domingo na Geórgia para protestar contra o presidente do país, Mikhail Saakashvili, a poucos meses do início da campanha para as eleições parlamentares de outubro.

'Sabemos com quem estamos lidando, um homem muito covarde', afirmou o multimilionário Bidzin Ivanishvili, novo líder da oposição georgiana, segundo a imprensa local.

Ivanishvili, fundador do partido Sonho Georgiano, que conseguiu unificar quase toda a oposição, ressaltou que 'a irresponsabilidade das autoridades pôs sob ameaça a própria sobrevivência da Geórgia como Estado'.

'Nosso país está à beira da perdição (...), o país pode desaparecer e não podemos continuar assim. Daí minha decisão de entrar na política. Isso não é um desejo, é meu dever', disse.

Os opositores, que levavam cartazes nos quais se podia ler o lema 'Misha (Mikhail), saia', contaram com o apoio de músicos e outras personalidades locais, como Kakha Kaladze, ex-jogador do Milan.

'Começamos a luta pela justiça e a unificação da Geórgia para que nosso país seja membro de pleno direito da União Europeia, da Otan e de outras organizações internacionais', disse Ivanishvili.

O líder opositor afirmou também que até as eleições legislativas de outubro se propõe a 'unir em um mesmo punho todo o país'.

O ato opositor, que foi permitido pelas autoridades, contou com o apoio do partido de Nino Burdzhanadze, ex-presidente do parlamento, outrora aliada de Saakashvili e agora sua inimiga.

Nesta mesma semana, o parlamento georgiano aplainou o caminho para que Ivanishvili possa se apresentar como candidato à presidência georgiana nas eleições de 2013.

Os cidadãos da União Europeia nascidos na Geórgia e que permaneceram pelo menos durante os últimos cinco anos em território georgiano poderão participar das eleições, segundo uma emenda à Constituição aprovada pelo Parlamento.

Até agora, Ivanishvili, cuja fortuna pessoal é estimada em US$ 5,5 bilhões, não pode liderar seu próprio partido, já que Saakashvili o privou da cidadania georgiana no ano passado por decreto presidencial, quatro dias depois de ele ter anunciado seu apoio à oposição.

Ivanishvili defende a normalização das relações com a Rússia, que reconheceu a independência das regiões georgianas separatistas e pró-Moscou de Abkházia e Ossétia do Sul, ao tempo que rejeita as acusações de que seu partido seja um projeto do Kremlin pelo fato de o magnata ter muitos negócios com aquele país.

Todas as pesquisas indicam que o novo partido será o grande rival do Movimento Nacional Unido, liderado por Saakashvili, nas eleições legislativas de outubro.

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Tbilisi - Mais de cem mil opositores foram às ruas neste domingo na Geórgia para protestar contra o presidente do país, Mikhail Saakashvili, a poucos meses do início da campanha para as eleições parlamentares de outubro.

'Sabemos com quem estamos lidando, um homem muito covarde', afirmou o multimilionário Bidzin Ivanishvili, novo líder da oposição georgiana, segundo a imprensa local.

Ivanishvili, fundador do partido Sonho Georgiano, que conseguiu unificar quase toda a oposição, ressaltou que 'a irresponsabilidade das autoridades pôs sob ameaça a própria sobrevivência da Geórgia como Estado'.

'Nosso país está à beira da perdição (...), o país pode desaparecer e não podemos continuar assim. Daí minha decisão de entrar na política. Isso não é um desejo, é meu dever', disse.

Os opositores, que levavam cartazes nos quais se podia ler o lema 'Misha (Mikhail), saia', contaram com o apoio de músicos e outras personalidades locais, como Kakha Kaladze, ex-jogador do Milan.

'Começamos a luta pela justiça e a unificação da Geórgia para que nosso país seja membro de pleno direito da União Europeia, da Otan e de outras organizações internacionais', disse Ivanishvili.

O líder opositor afirmou também que até as eleições legislativas de outubro se propõe a 'unir em um mesmo punho todo o país'.

O ato opositor, que foi permitido pelas autoridades, contou com o apoio do partido de Nino Burdzhanadze, ex-presidente do parlamento, outrora aliada de Saakashvili e agora sua inimiga.

Nesta mesma semana, o parlamento georgiano aplainou o caminho para que Ivanishvili possa se apresentar como candidato à presidência georgiana nas eleições de 2013.

Os cidadãos da União Europeia nascidos na Geórgia e que permaneceram pelo menos durante os últimos cinco anos em território georgiano poderão participar das eleições, segundo uma emenda à Constituição aprovada pelo Parlamento.

Até agora, Ivanishvili, cuja fortuna pessoal é estimada em US$ 5,5 bilhões, não pode liderar seu próprio partido, já que Saakashvili o privou da cidadania georgiana no ano passado por decreto presidencial, quatro dias depois de ele ter anunciado seu apoio à oposição.

Ivanishvili defende a normalização das relações com a Rússia, que reconheceu a independência das regiões georgianas separatistas e pró-Moscou de Abkházia e Ossétia do Sul, ao tempo que rejeita as acusações de que seu partido seja um projeto do Kremlin pelo fato de o magnata ter muitos negócios com aquele país.

Todas as pesquisas indicam que o novo partido será o grande rival do Movimento Nacional Unido, liderado por Saakashvili, nas eleições legislativas de outubro.

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