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Mais de 1,1 bilhão de jovens podem sofrer perdas de audição

Estudo alerta que atualmente já existem mais de 43 milhões de jovens entre 12 e 35 anos com deficiências auditivas


	Estudo alerta que atualmente já existem mais de 43 milhões de jovens entre 12 e 35 anos com deficiências auditivas
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Estudo alerta que atualmente já existem mais de 43 milhões de jovens entre 12 e 35 anos com deficiências auditivas (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 11h47.

Genebra - Mais de 1,1 bilhão de jovens correm risco de sofrer perdas de audição devido a práticas inseguras e exposição a barulho excessivo, como usar fones de ouvido reiteradamente, segundo um informe da Organização Mundial da Saúde divulgada nesta sexta-feira.

O estudo alerta que atualmente já existem mais de 43 milhões de jovens entre 12 e 35 anos com deficiências auditivas. A população mundial nesta faixa de idade é de entre 2,5 e 3 bilhões.

Nos países de renda média e alta, quase 50% dos jovens de entre 12 e 35 anos escutam música em dispositivos eletrônicos em níveis inseguros.

Além disso, cerca de 40% destes jovens estão expostos a níveis excessivos de barulho em discotecas, bares e eventos esportivos.

Cientificamente, um nível inseguro de ruído é estar exposto a 85 decibéis durante mais de oito horas ou a 100 decibéis durante 15 minutos. Cem decibéis é o nível médio de uma discoteca.

Diante da situação, e para evitar maiores riscos e danos, a OMS sugere algumas ações fáceis e práticas: baixar o volume dos dispositivos e deixá-los a um máximo de 60% de sua capacidade; limitar o tempo de exposição ao barulho; e estar atento a sinais de perda de audição, como assobios no ouvido ou dificuldade para escutar após permanecer exposto ao barulho.

Outras orientações são utilizar os níveis de ruído recomendado pelos próprios aparelhos eletrônicos e ir regularmente ao otorrino.

Além disso, a OMS sugere que pais e professores eduquem os jovens sobre os riscos de barulho excessivo.

A organização propõe ainda que os fabricantes de dispositivos eletrônicos incluam na sua configuração a indicação de níveis seguros de ruído e informação sobre os riscos de ultrapassá-los.

A OMS recomenda ainda que centros de lazer e esporte diminuam o volume, ofereçam tampões aos clientes e espaços sem barulho.

Finalmente, a organização pede que os governos modifiquem a lei para limitar o ruído das atividades recreativas.

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