Mundo

Maior partido egípcio rejeita continuidade do atual governo

Para o partido, as atuais autoridades só apresentaram 'crise e problemas'

O Parlamento pediu em várias ocasiões neste mês o comparecimento de Ganzouri para pedir-lhe explicações por alguns assuntos polêmicos (AFP)

O Parlamento pediu em várias ocasiões neste mês o comparecimento de Ganzouri para pedir-lhe explicações por alguns assuntos polêmicos (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2012 às 21h48.

Cairo - O Partido Liberdade e Justiça (PLJ), que ocupa metade das cadeiras do Parlamento egípcio, rejeitou nesta quarta-feira a continuidade do governo liderado por Kamal Ganzouri, designado pela Junta Militar que dirige o país.

'O Executivo fracassou em administrar os assuntos do país nos aspectos políticos, econômicos, sociais e de segurança, e até agora não apresentou nada que convença o povo e o Parlamento que deve continuar', ressaltou em comunicado o PLJ, braço político dos Irmãos Muçulmanos.

Para o partido, as atuais autoridades só apresentaram 'crise e problemas', e por isso é necessário que 'a maioria representada no Parlamento forme um Executivo de coalizão que aceite sua responsabilidade'.

Há um mês, o partido islamita já havia solicitado a formação de um governo de unidade, o que foi rejeitado pelos dirigentes militares, que expressaram seu apoio à continuação de Ganzouri no cargo.

O grupo lembrou que o atual governo não conseguiu pôr fim à escassez de gasolina e diesel, resolver a crise de gás ou frear a alta de preços dos artigos de primeira necessidade.

No comunicado, o PLJ também criticou o fato de as autoridades não terem sido capaz de resolver a situação de insegurança que reina no país desde a revolução.

O Parlamento pediu em várias ocasiões neste mês o comparecimento de Ganzouri para pedir-lhe explicações por alguns assuntos polêmicos, como o julgamento contra funcionários de organizações não-governamentais e a suspensão da proibição aos acusados de saírem do país.

No entanto, o primeiro-ministro não se apresentou, e por isso os deputados propuseram a opção de retirar o voto de confiança ao governo, uma moção que poderia ser estudada na próxima semana. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoGovernoPolítica

Mais de Mundo

Candidato à presidência denuncia 'prisão arbitrária' de assistentes na Venezuela

Pequeno município no leste da China desenvolve indústria panificadora bilionária

Após escândalo com PwC na China, KPMG e EY assumem auditorias no país

Biden viaja a Los Angeles para evento de arrecadação de fundos com celebridades

Mais na Exame