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Máfia italiana ganhou milhões fraudando seguros de carro

Corretores, médicos, advogados e funileiros recebiam pagamentos para corroborarem a fraude, que rendia à quadrilha bem mais de 1 milhão de euros por ano

Fraude é apenas uma das acusações imputadas a 70 pessoas detidas em ações policiais no começo da manhã  (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 10h08.

Roma - Um clã mafioso do sul da Itália encenava centenas de acidentes de trânsito por ano para receber indenizações de seguros que totalizaram milhões de euros, disse a polícia na sexta-feira.

A fraude é apenas uma das acusações imputadas a 70 pessoas detidas em ações policiais no começo da manhã de sexta-feira em Lamezia Terme, na Calábria, sul do país.

"O golpe do seguro permitia que o chefe gerenciasse seu clã, para comprar armas e drogas, e para pagar seus homens", disse à Reuters o policial Rodolfo Ruperti, chefe do esquadrão responsável pela investigação.

Corretores de seguros, médicos, advogados e funileiros recebiam pagamentos regulares para corroborarem a fraude, que rendia à quadrilha bem mais de 1 milhão de euros (1,3 milhão de dólares) por ano, segundo Ruperti. A polícia apreendeu bens avaliados em 1,2 milhão de euros.

A seguradora fraudada era uma filial local do Zurich Insurance Group, que operava de forma independente. A matriz suíça disse que não se pronunciaria.

A polícia diz que o chefe do grupo, Giuseppe Giampa, de 32 anos, também extorquia empresários locais e vendeu os votos do clã ao candidato que pagou mais na eleição municipal de 2010.

As investigações avançaram porque Giampa se tornou informante, algo muito mais raro na brutal e fechada máfia calabresa, a ‘Ndrangheta, do que nas organizações criminosas da Sicília e de Nápoles. As autoridades não explicaram por que ele resolveu colaborar.

Um senador calabrês do partido centro-direista Povo da Liberdade está sendo investigado em Roma por suspeita de compra de votos, segundo a polícia.

Outro político do PDL, vice-presidente de uma empresa local de gestão aeroportuária, foi detido, junto com guardas de uma prisão acusados de estarem na folha de pagamento dos mafiosos.

Vários empresários, incluindo um fabricante de fogos de artifício acusado de entregar explosivos ao grupo, também foram presos.

Giampa é suspeito de ordenar cerca de 20 homicídios numa disputa pelo controle da cidade, entre 2005 e 2011. Entre os detidos na sexta-feira estavam pistoleiros acusados de envolvimento em 11 mortes, segundo Ruperti.

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Roma - Um clã mafioso do sul da Itália encenava centenas de acidentes de trânsito por ano para receber indenizações de seguros que totalizaram milhões de euros, disse a polícia na sexta-feira.

A fraude é apenas uma das acusações imputadas a 70 pessoas detidas em ações policiais no começo da manhã de sexta-feira em Lamezia Terme, na Calábria, sul do país.

"O golpe do seguro permitia que o chefe gerenciasse seu clã, para comprar armas e drogas, e para pagar seus homens", disse à Reuters o policial Rodolfo Ruperti, chefe do esquadrão responsável pela investigação.

Corretores de seguros, médicos, advogados e funileiros recebiam pagamentos regulares para corroborarem a fraude, que rendia à quadrilha bem mais de 1 milhão de euros (1,3 milhão de dólares) por ano, segundo Ruperti. A polícia apreendeu bens avaliados em 1,2 milhão de euros.

A seguradora fraudada era uma filial local do Zurich Insurance Group, que operava de forma independente. A matriz suíça disse que não se pronunciaria.

A polícia diz que o chefe do grupo, Giuseppe Giampa, de 32 anos, também extorquia empresários locais e vendeu os votos do clã ao candidato que pagou mais na eleição municipal de 2010.

As investigações avançaram porque Giampa se tornou informante, algo muito mais raro na brutal e fechada máfia calabresa, a ‘Ndrangheta, do que nas organizações criminosas da Sicília e de Nápoles. As autoridades não explicaram por que ele resolveu colaborar.

Um senador calabrês do partido centro-direista Povo da Liberdade está sendo investigado em Roma por suspeita de compra de votos, segundo a polícia.

Outro político do PDL, vice-presidente de uma empresa local de gestão aeroportuária, foi detido, junto com guardas de uma prisão acusados de estarem na folha de pagamento dos mafiosos.

Vários empresários, incluindo um fabricante de fogos de artifício acusado de entregar explosivos ao grupo, também foram presos.

Giampa é suspeito de ordenar cerca de 20 homicídios numa disputa pelo controle da cidade, entre 2005 e 2011. Entre os detidos na sexta-feira estavam pistoleiros acusados de envolvimento em 11 mortes, segundo Ruperti.

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