Maduro troca farpas com EUA por eleição na Venezuela
O governo dos Estados Unidos apoiou uma recontagem dos votos na Venezuela e disse que ainda não decidiu se reconhecerá a vitória eleitoral de Nicolás Maduro
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2013 às 20h30.
Caracas - Líderes da oposição venezuelana disseram na quarta-feira temer perseguições por causa dos seus protestos pós-eleitorais, enquanto o governo dos Estados Unidos apoiou uma recontagem dos votos na Venezuela e disse que ainda não decidiu se reconhecerá a vitória eleitoral de Nicolás Maduro.
Maduro, que já é presidente interino do país desde a morte de Hugo Chávez, em 5 de março, venceu a eleição de domingo por uma margem inferior a 2 pontos percentuais sobre seu rival Henrique Capriles. A oposição disse haver indícios de milhares de irregularidades, e solicitou uma recontagem completa dos votos.
Oito pessoas já morreram durante protestos liderdos pela oposição, e o governo promete tomar medidas judiciais contra Capriles e outros acusados de incitar à violência contra partidários de Maduro.
Os EUA, que há anos têm uma relação complicada com o governo socialista da Venezuela, disse que ainda não decidiu se irá reconhecer a vitória do herdeiro político de Chávez.
"Achamos que deveria haver uma recontagem", disse o secretário de Estado John Kerry a parlamentares norte-americanos. "Obviamente, se houver enormes irregularidades, teremos sérios questionamentos sobre a viabilidade desse governo (...). Ainda não tenho certeza de que isso tenha acabado." Maduro reagiu acusando os EUA de apoiar diretamente a direita venezuelana "como nunca antes" numa guerra contra o povo e a revolução chavista.
"A intervenção dos EUA nos assuntos internos venezuelanos nos últimos meses, e particularmente durante a campanha eleitoral, tem sido brutal, vulgar", afirmou ele em discurso transmitido pela TV.
"Sua coordenação direta com a ‘direita amarela', com os oligarcas, tem sido realmente obscena (...). Tire seus olhos da Venezuela, John Kerry! Fora daqui!", afirmou.
Capriles acusa o governo de ordenar que grupos violentos ataquem seus partidários e até mesmo sua residência oficial no Estado Miranda, onde ele é governador.
"Qualquer coisa que me acontecer na residência oficial de Los Teques é responsabilidade de Nicolás Maduro!", disse ele.
Dezenas de chavistas se concentraram pacificamente na quarta-feira em frente ao prédio, chamando Capriles de "assassino" e "fascista", sob o olhar de soldados.
Embora ameace o rival com um processo judicial, Maduro diz que ele receberá proteção do governo.
Presidentes de países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) se reunirão na quinta-feira em Lima para discutir a situação política da Venezuela, disse uma fonte do governo peruano. Para o encontro já confirmaram presença os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff; da Argentina, Cristina Kirchner; e do Uruguai, José Mujica.
Caracas - Líderes da oposição venezuelana disseram na quarta-feira temer perseguições por causa dos seus protestos pós-eleitorais, enquanto o governo dos Estados Unidos apoiou uma recontagem dos votos na Venezuela e disse que ainda não decidiu se reconhecerá a vitória eleitoral de Nicolás Maduro.
Maduro, que já é presidente interino do país desde a morte de Hugo Chávez, em 5 de março, venceu a eleição de domingo por uma margem inferior a 2 pontos percentuais sobre seu rival Henrique Capriles. A oposição disse haver indícios de milhares de irregularidades, e solicitou uma recontagem completa dos votos.
Oito pessoas já morreram durante protestos liderdos pela oposição, e o governo promete tomar medidas judiciais contra Capriles e outros acusados de incitar à violência contra partidários de Maduro.
Os EUA, que há anos têm uma relação complicada com o governo socialista da Venezuela, disse que ainda não decidiu se irá reconhecer a vitória do herdeiro político de Chávez.
"Achamos que deveria haver uma recontagem", disse o secretário de Estado John Kerry a parlamentares norte-americanos. "Obviamente, se houver enormes irregularidades, teremos sérios questionamentos sobre a viabilidade desse governo (...). Ainda não tenho certeza de que isso tenha acabado." Maduro reagiu acusando os EUA de apoiar diretamente a direita venezuelana "como nunca antes" numa guerra contra o povo e a revolução chavista.
"A intervenção dos EUA nos assuntos internos venezuelanos nos últimos meses, e particularmente durante a campanha eleitoral, tem sido brutal, vulgar", afirmou ele em discurso transmitido pela TV.
"Sua coordenação direta com a ‘direita amarela', com os oligarcas, tem sido realmente obscena (...). Tire seus olhos da Venezuela, John Kerry! Fora daqui!", afirmou.
Capriles acusa o governo de ordenar que grupos violentos ataquem seus partidários e até mesmo sua residência oficial no Estado Miranda, onde ele é governador.
"Qualquer coisa que me acontecer na residência oficial de Los Teques é responsabilidade de Nicolás Maduro!", disse ele.
Dezenas de chavistas se concentraram pacificamente na quarta-feira em frente ao prédio, chamando Capriles de "assassino" e "fascista", sob o olhar de soldados.
Embora ameace o rival com um processo judicial, Maduro diz que ele receberá proteção do governo.
Presidentes de países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) se reunirão na quinta-feira em Lima para discutir a situação política da Venezuela, disse uma fonte do governo peruano. Para o encontro já confirmaram presença os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff; da Argentina, Cristina Kirchner; e do Uruguai, José Mujica.