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Maduro sobre diálogo com Trump: "seremos obrigados a nos entender"

Maduro afirmou que gostaria de se reunir com Trump para mostrar que ele "não é o que os informes dizem" e que é possível negociar e conversar

Maduro: nos últimos dias, os EUA tem demonstrado apoio à Assembleia Nacional da Venezuela (Marco Bello/Reuters)
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AFP

Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 12h32.

Em mensagem ao presidente dos EUA, Donald Trump , o venezuelano Nicolás Maduro disse que seu governo é composto por "gente com quem se pode falar e negociar" - mostra a entrevista divulgada pela rede Univisión, na qual convidou o colega do Norte a dialogar.

"Sei que somos pessoas muito diferentes, presidente Trump. Somos países diferentes, mas estamos no mesmo hemisfério (...) e, cedo ou tarde, seremos obrigados a falar, a nos entender", disse Maduro, em um trecho da entrevista à jornalista María Elvira Salazar, na Venezuela, divulgada na quinta à noite pela emissora de televisão americana.

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"Tomara que haja a oportunidade de um diálogo franco, direto, cara a cara, para que você veja que não é o que dizem a você nos informes, que nós somos de verdade e somos gente com quem se pode falar e negociar, entender e concordar. Essa seria a mensagem que eu gostaria de transmitir ao presidente Donald Trump", acrescentou.

Em 10 de janeiro, o presidente venezuelano assumiu um segundo mandato de seis anos não reconhecido pela oposição e por vários países.

"Tenho uma visão de que você herdou erros das administrações anteriores, incluindo o governo Obama, erros na política externa para a América Latina, e que há uma ideologização da política externa americana contra a Venezuela", acrescentou Maduro na mesma mensagem.

"Podemos falar de todos esses temas", continuou, estendendo o convite ao secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para que vá à Venezuela, ao ser questionado pela jornalista.

Nos últimos dias, em diferentes oportunidades, Washington deu seu "firme apoio" à Assembleia Nacional, considerada pelos Estados Unidos "único corpo democrático legítimo" na Venezuela, nas palavras do vice-presidente Mike Pence.

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