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Maduro diz que prendeu militares por apoiarem suposto complô dos EUA

Em entrevista veiculada neste domingo, mandatário afirmou que militares do país apoiam plano da Colômbia e EUA em destituí-lo de seu governo

Nicolás Maduro: Segundo o presidente, a Força Armada venezuelana "não vai se ajoelhar nunca mais aos gringos" (Miraflores Palace/Reuters)
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AFP

Publicado em 17 de novembro de 2019 às 14h03.

Última atualização em 17 de novembro de 2019 às 16h49.

Vários militares venezuelanos foram presos acusados de apoiar supostos planos dos Estados Unidos e da Colômbia para derrubar o governo de Nicolás Maduro, disse o mandatário em entrevista transmitida neste domingo (17).

"Nos últimos meses (...) desmembramos, comparticipação própria de oficiais de nossa Força Armada, mais de 47 tentativas de capturar oficiais para colocá-los a serviço da estratégia da Colômbia e dos gringos", afirmou Maduro à emissora privada Televen.

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"Tem gente presa por isso, alguns cederam e foram comprados e simplesmente foram descobertos ou interceptados pela informação de oficiais patriotas", destacou o presidente venezuelano, que não detalhou quando e quantas prisões ocorreram.

Segundo o mandatário, com a prisão desses militares buscava-se "roubar mísseis" na Venezuela, além de "tentar anular o sistema" de aviões Sukhoi, de radares fixos e móveis, e "o sistema de torpedos e defesa de mísseis da Armada Bolivariana".

Enfrentando a pior crise da história recente do país petroleiro, Maduro garantiu que mantém "inteligência permanente" destinada a detectar tentativas de "dividir e debilitar" a força armada, considerada pela oposição e por analistas o principal apoio do governo.

Por outro lado, descartou que na Venezuela se produza um cenário similar ao da Bolívia, onde policiais e militares promoveram a saída de seu aliado, Evo Morales , após quase 14 anos no poder.

Segundo o presidente, a Força Armada venezuelana "não vai se ajoelhar nunca mais aos gringos, nem se colocar nunca mais a serviço da oligarquia deste país", garantiu Maduro, que culpa Washington de apoiar o "golpe de Estado" que forçou a renúncia de Morales.

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