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Maduro diz que EUA querem "arrebentar" a Venezuela

Em meio aos protestos, o presidente venezuelano garantiu que seu governo está enfrentando e vencendo um "golpe de Estado"

Nicolás Maduro: o presidente chamou o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, de "lixo dos lixos" (Stringer/Reuters)

Nicolás Maduro: o presidente chamou o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, de "lixo dos lixos" (Stringer/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de abril de 2017 às 10h49.

O presidente Nicolás Maduro afirmou nesta segunda-feira em Cuba, diante de seus aliados da Alba, que, "de Washington, estão bloqueando o diálogo" com a oposição que protesta nas ruas de Caracas, com o objetivo de "arrebentar" a Venezuela e "intervir" no país.

Durante um ato de solidariedade liderado pelo presidente cubano, Raúl Castro, em Havana, Maduro disse que "a verdade verdadeira é que deram ordem de Washington para zero diálogo na Venezuela e para arrebentar nosso país visando uma intervenção estrangeira".

Apesar de considerar "absolutamente inviável" esta conspiração, Maduro garantiu que seu governo está enfrentando e vencendo um "golpe de Estado", em meio aos protestos que degeneraram em choques com a polícia nos últimos dias.

Maduro chamou o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, de "lixo dos lixos", "escória" e "traidor dos traidores", ao negar sua acusação de que ocorreu um "golpe de Estado" na Venezuela com a retirada das prerrogativas do Parlamento.

"Golpe de Estado estamos enfrentando neste momento (...) e está sendo dado pela direita oligárquica subordinada aos interesses dos Estados Unidos".

Segundo Maduro, "a investida" da oposição e dos "governos de direita neoliberais e muito fracassados" responde às "novas correntes extremistas que dirigem o governo e tomam as decisões nos Estados Unidos".

O presidente pronunciou um longo discurso ao final da reunião da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), convocada em apoio ao seu governo.

O grupo de onze países - liderado por Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua - firmou uma declaração condenando "as agressões e manipulações concretizadas" contra o governo venezuelano, que "ameaçam tanto sua soberania, independência e estabilidade, como a de toda a região".

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