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Maduro admite "fracasso" do modelo produtivo da Venezuela

Governo do país estatizou setores como o do cimento e do aço, expropriou centenas de empresas e mais recentemente militarizou mercados municipais

Nicolás Maduro: "Os modelos produtivos que até agora temos testado fracassaram e a responsabilidade é nossa, é minha, é sua" (Miraflores Palace/Handout/Reuters)
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AFP

Publicado em 31 de julho de 2018 às 15h23.

O presidente Nicolás Maduro admitiu o fracasso do modelo de produção aplicado por seu governo na Venezuela , que enfrenta hiperinflação e quatro anos de recessão.

"Os modelos produtivos que até agora temos testado fracassaram e a responsabilidade é nossa, é minha, é sua", afirmou Maduro em um congresso do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), na noite desta segunda-feira.

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"Chega de choramingar (...), temos que produzir com agressão ou sem agressão, com bloqueios e sem bloqueios, para fazer da Venezuela uma potência econômica (...). Zero lamentos, o que eu quero são soluções", afirmou.

O governo socialista estatizou setores como o do cimento e do aço, expropriou centenas de empresas - entre elas, cadeias de supermercados - e mais recentemente militarizou mercados municipais em uma cruzada contra a alta dos preços.

O governo ainda fixa alguns preços e monopoliza as divisas por meio de um controle de câmbios.

"Calculo uns dois anos para alcançar um alto nível de estabilidade e podemos vermos os primeiros sintomas da prosperidade nova, econômica, sem abandonar por um segundo a proteção e segurança social", afirmou Maduro.

Os planos do mandatário para a recuperação econômica incluem "chegar a 6 milhões de barris diários em 2025 ou antes", em meio a uma produção petroleira que despencou de 3,2 milhões de barris diários em 2008 para 1,5 milhão de barris em 2018.

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