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Lula 'no mínimo avalizou' compra de dossiê, diz Goldman

Para o ex-governador, o ex-presidente sabia da tentativa de compra de um documento contra o então candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, José Serra

"Eu nunca tive dúvidas de que o Lula sabia do que iam fazer. No mínimo, avalizou", afirmou o tucano (Antonio Cruz/ABr)

"Eu nunca tive dúvidas de que o Lula sabia do que iam fazer. No mínimo, avalizou", afirmou o tucano (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 21h31.

São Paulo - O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB) escreveu uma mensagem em seu blog onde afirma que nunca teve dúvida de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia da tentativa de compra de um dossiê, em 2006, contra o então candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, José Serra, no episódio que ficou conhecido como "Dossiê dos Aloprados".

"Eu nunca tive dúvidas de que o Lula sabia do que iam fazer. No mínimo, avalizou", afirmou o tucano. "Chamar os companheiros de aloprados era porque, afinal, fizeram mal feito, foram incompetentes", acrescentou, citando termo usado pelo petista, na época, para se referir aos envolvidos no caso.

No blog, o ex-governador mencionou o nome do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, na época candidato do PT ao governo de São Paulo. "Sabíamos que o autor intelectual, pelo menos o dirigente que comandou a operação, era o senador Mercadante. Sim, aquele mesmo que passou a vida falando em ética na política", disse.

O tucano ressaltou ainda que os envolvidos no caso "eram petistas partícipes da campanha" do agora ministro. "Agora, um dos partícipes, o bancário Expedito Veloso, confessa, em conversa gravada, publicada pela 'Veja', toda a trama", escreveu Goldman. Em reportagem publicada pela revista Veja em sua última edição, o ministro teve o seu nome envolvido mais uma vez no episódio, ao ser citado em gravação a qual a publicação teve acesso.

Na gravação, o atual secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Expedito Veloso, afirma a colegas que o plano do dossiê foi "tocado" pelo núcleo de inteligência do PT, mas com o conhecimento e a autorização de Mercadante. "Será que agora o nosso glorioso Ministério Público Federal encontrará razões para reabrir o processo e finalmente denunciar os culpados?", provocou Goldman.

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