Longe da cena pública, Fidel Castro completa 86 anos amanhã
Comemoração terá uma exposição em Havana com imagens de Castro realizadas por destacados fotógrafos
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2012 às 15h57.
Havana, 12 ago (EFE).- O ex-presidente cubano Fidel Castro completa 86 anos nesta segunda-feira, longe da cena pública, com esporádicas aparições nos últimos 12 meses e sem ter publicado novos trechos de suas 'Reflexões' desde o último dia 19 de junho.
Para comemorar o aniversário do homem que comandou Cuba durante quase meio século, foram anunciados alguns atos como uma exposição em Havana com 13 imagens de Castro realizadas por destacados fotógrafos como Alberto Korda e modificadas artisticamente por um grupo de pintores locais.
Em outras províncias do país acontecerão feiras populares e apresentações de livros.
Neste domingo vários jornais locais lembraram a data, como o 'Tribuna de La Habana' com um 'Felicidades Fidel' em sua capa, ou o 'Juventud Rebelde' que publica um artigo assinado por Armando Hart, um dos heróis da revolução cubana e fiel colaborador dos irmãos Castro.
Hart, de 82 anos e primeiro ministro da Educação de Fidel Castro após o triunfo da Revolução em 1959, define o ex-presidente como 'um gladiador imbatível e uma figura de estatura universal', após elogiar sua 'perseverança e vontade' ao 'ultrapassar' a 'prova terrível' de uma doença que representou um 'alto risco' para sua vida.
Em seu artigo sobre o aniversário de Castro, este intelectual destaca a importância que o ex-mandatário concedeu sempre à juventude e à sua formação revolucionária e aproveita para defender um 'diálogo de gerações' como 'garantia da continuidade histórica da revolução', pedido que coincide com a celebração hoje do Dia Internacional da Juventude.
Fidel Castro chega a seu 86º aniversário com um perfil público discreto após quase dois meses sem publicar novas 'Reflexões', a série de artigos que começou a escrever durante sua convalescença.
Nas nove últimas (divulgadas entre os dias 10 e 19 de junho), ensaiou um formato que surpreendeu por seu tamanho (apenas um parágrafo) e por seus temas: desde elogios a Erick Honecker, ex-presidente da extinta República Democrática Alemã (RDA); críticas ao dirigente chinês Deng Xiaoping e até propostas para resolver os problemas alimentícios com a milagrosa planta da 'moringa'.
Exatamente a crise alimentícia e em geral os problemas ecológicos são alguns dos assuntos que mantém Castro ocupado em sua aposentadoria, segundo Katiuska Blanco, autora de 'Guerrilheiro do Tempo', a última biografia sobre a infância e juventude do líder cubano que foi lançada em Havana em fevereiro de 2012 com a presença do ex-presidente.
Essa foi uma das esporádicas aparições de Fidel Castro em atos públicos nos últimos 12 meses, além de uma reunião de nove horas com intelectuais cubanos em fevereiro e um encontro em março com pacifistas japoneses.
Entre seus 85º e 86º aniversários, o líder cubano se reuniu com diferentes personalidades que visitaram a ilha, entre elas o papa Bento XVI, que realizou uma visita pastoral a Cuba no final de março.
Neste encontro, realizado na Nunciatura Apostólica de Havana em um ambiente de cordialidade, Fidel Castro fez numerosas perguntas ao pontífice, a mais chocante delas: 'O que faz um papa, qual é sua missão?'.
Também nos últimos meses recebeu em Havana governantes em visitas oficiais a Cuba como Dilma Rousseff, o boliviano Evo Morales, o ucraniano Víctor Yanukovich, o haitiano Michel Martelly e o iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
Ao longo do último ano, Castro seguiu de perto a evolução de seu aliado venezuelano Hugo Chávez, que viajou à ilha em numerosas ocasiões para receber tratamento ou submeter-se a operações pelo câncer diagnosticado em Cuba em 2011.
Em julho de 2006 uma grave doença intestinal obrigou Fidel a delegar o poder para seu irmão Raúl, que assumiu formalmente a presidência do país em 2008. EFE
Havana, 12 ago (EFE).- O ex-presidente cubano Fidel Castro completa 86 anos nesta segunda-feira, longe da cena pública, com esporádicas aparições nos últimos 12 meses e sem ter publicado novos trechos de suas 'Reflexões' desde o último dia 19 de junho.
Para comemorar o aniversário do homem que comandou Cuba durante quase meio século, foram anunciados alguns atos como uma exposição em Havana com 13 imagens de Castro realizadas por destacados fotógrafos como Alberto Korda e modificadas artisticamente por um grupo de pintores locais.
Em outras províncias do país acontecerão feiras populares e apresentações de livros.
Neste domingo vários jornais locais lembraram a data, como o 'Tribuna de La Habana' com um 'Felicidades Fidel' em sua capa, ou o 'Juventud Rebelde' que publica um artigo assinado por Armando Hart, um dos heróis da revolução cubana e fiel colaborador dos irmãos Castro.
Hart, de 82 anos e primeiro ministro da Educação de Fidel Castro após o triunfo da Revolução em 1959, define o ex-presidente como 'um gladiador imbatível e uma figura de estatura universal', após elogiar sua 'perseverança e vontade' ao 'ultrapassar' a 'prova terrível' de uma doença que representou um 'alto risco' para sua vida.
Em seu artigo sobre o aniversário de Castro, este intelectual destaca a importância que o ex-mandatário concedeu sempre à juventude e à sua formação revolucionária e aproveita para defender um 'diálogo de gerações' como 'garantia da continuidade histórica da revolução', pedido que coincide com a celebração hoje do Dia Internacional da Juventude.
Fidel Castro chega a seu 86º aniversário com um perfil público discreto após quase dois meses sem publicar novas 'Reflexões', a série de artigos que começou a escrever durante sua convalescença.
Nas nove últimas (divulgadas entre os dias 10 e 19 de junho), ensaiou um formato que surpreendeu por seu tamanho (apenas um parágrafo) e por seus temas: desde elogios a Erick Honecker, ex-presidente da extinta República Democrática Alemã (RDA); críticas ao dirigente chinês Deng Xiaoping e até propostas para resolver os problemas alimentícios com a milagrosa planta da 'moringa'.
Exatamente a crise alimentícia e em geral os problemas ecológicos são alguns dos assuntos que mantém Castro ocupado em sua aposentadoria, segundo Katiuska Blanco, autora de 'Guerrilheiro do Tempo', a última biografia sobre a infância e juventude do líder cubano que foi lançada em Havana em fevereiro de 2012 com a presença do ex-presidente.
Essa foi uma das esporádicas aparições de Fidel Castro em atos públicos nos últimos 12 meses, além de uma reunião de nove horas com intelectuais cubanos em fevereiro e um encontro em março com pacifistas japoneses.
Entre seus 85º e 86º aniversários, o líder cubano se reuniu com diferentes personalidades que visitaram a ilha, entre elas o papa Bento XVI, que realizou uma visita pastoral a Cuba no final de março.
Neste encontro, realizado na Nunciatura Apostólica de Havana em um ambiente de cordialidade, Fidel Castro fez numerosas perguntas ao pontífice, a mais chocante delas: 'O que faz um papa, qual é sua missão?'.
Também nos últimos meses recebeu em Havana governantes em visitas oficiais a Cuba como Dilma Rousseff, o boliviano Evo Morales, o ucraniano Víctor Yanukovich, o haitiano Michel Martelly e o iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
Ao longo do último ano, Castro seguiu de perto a evolução de seu aliado venezuelano Hugo Chávez, que viajou à ilha em numerosas ocasiões para receber tratamento ou submeter-se a operações pelo câncer diagnosticado em Cuba em 2011.
Em julho de 2006 uma grave doença intestinal obrigou Fidel a delegar o poder para seu irmão Raúl, que assumiu formalmente a presidência do país em 2008. EFE