Lobão admite falha "lamentável" em apagão de 2011
Ministro de Minas e Energia admitiu que os operadores do sistema elétrico nacional "falharam lamentavelmente" no apagão ocorrido no Nordeste em fevereiro de 2011
Da Redação
Publicado em 25 de dezembro de 2012 às 13h28.
São Paulo - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu que os operadores do sistema elétrico nacional "falharam lamentavelmente" no episódio que ocasionou um apagão na região Nordeste do País, no início de fevereiro de 2011. Em entrevista concedida ontem ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Lobão destacou a realização de treinamentos constantes dos operadores, porém não isentou a culpa dos envolvidos no incidente. "Eles (operadores) são preparados sempre e reciclados. Neste caso, falharam lamentavelmente", afirmou o ministro.
A reportagem do Jornal Nacional cita matéria publicada na edição de domingo do jornal O Estado de S.Paulo, referente aos bastidores do dia em que um problema em uma placa eletrônica, segundo versão apresentada pelo governo federal na oportunidade, afetou o fornecimento de luz de oito Estados. Relatórios da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema (ONS), obtidos pelo periódico por meio da Lei de Acesso à Informação, mostram o despreparo das subestações e dos centros de controle para enfrentar problemas dessa natureza.
A reportagem revela ainda uma combinação de acontecimentos que explica a falta de luz de até quatro horas em algumas localidades. Entre as falhas estavam a dificuldade dos operadores em abrir um portão devido à falta de energia, o estado inativo de um equipamento chamado mesa de sincronismo, disjuntores fechados, discrepâncias no sistema de supervisão e controle e a dificuldade de acesso aos procedimentos operacionais para a recomposição das instalações.
O apagão teve início quando o sistema de proteção do sistema nacional desligou automaticamente a linha de transmissão entre as subestações de Luiz Gonzaga e Sobradinho. "O caso teria se encerrado aí, 'caso a falha descrita não fosse acompanhada de procedimentos inadequados de operações das equipes de tempo real da Chesf'", destacam os relatórios liberados pela Aneel e publicados pelo jornal O Estado de S.Paulo. A sucessão de problemas levou a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) a ser multada em R$ 32 milhões.
Diante do sucessivo número de ocorrências recentes de desabastecimento de energia no País, o Ministério de Minas e Energia estaria preparando um relatório sobre a situação de 40 subestações, classificadas pela reportagem do Jornal Nacional como as principais do País. O material, classificado como um "pente fino" dessas unidades, deve ser concluído em fevereiro. "Com base nesse relatório, tomaremos providências mais efetivas para evitar no futuro episódios como esses que têm acontecido", afirmou Lobão.
São Paulo - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu que os operadores do sistema elétrico nacional "falharam lamentavelmente" no episódio que ocasionou um apagão na região Nordeste do País, no início de fevereiro de 2011. Em entrevista concedida ontem ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Lobão destacou a realização de treinamentos constantes dos operadores, porém não isentou a culpa dos envolvidos no incidente. "Eles (operadores) são preparados sempre e reciclados. Neste caso, falharam lamentavelmente", afirmou o ministro.
A reportagem do Jornal Nacional cita matéria publicada na edição de domingo do jornal O Estado de S.Paulo, referente aos bastidores do dia em que um problema em uma placa eletrônica, segundo versão apresentada pelo governo federal na oportunidade, afetou o fornecimento de luz de oito Estados. Relatórios da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema (ONS), obtidos pelo periódico por meio da Lei de Acesso à Informação, mostram o despreparo das subestações e dos centros de controle para enfrentar problemas dessa natureza.
A reportagem revela ainda uma combinação de acontecimentos que explica a falta de luz de até quatro horas em algumas localidades. Entre as falhas estavam a dificuldade dos operadores em abrir um portão devido à falta de energia, o estado inativo de um equipamento chamado mesa de sincronismo, disjuntores fechados, discrepâncias no sistema de supervisão e controle e a dificuldade de acesso aos procedimentos operacionais para a recomposição das instalações.
O apagão teve início quando o sistema de proteção do sistema nacional desligou automaticamente a linha de transmissão entre as subestações de Luiz Gonzaga e Sobradinho. "O caso teria se encerrado aí, 'caso a falha descrita não fosse acompanhada de procedimentos inadequados de operações das equipes de tempo real da Chesf'", destacam os relatórios liberados pela Aneel e publicados pelo jornal O Estado de S.Paulo. A sucessão de problemas levou a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) a ser multada em R$ 32 milhões.
Diante do sucessivo número de ocorrências recentes de desabastecimento de energia no País, o Ministério de Minas e Energia estaria preparando um relatório sobre a situação de 40 subestações, classificadas pela reportagem do Jornal Nacional como as principais do País. O material, classificado como um "pente fino" dessas unidades, deve ser concluído em fevereiro. "Com base nesse relatório, tomaremos providências mais efetivas para evitar no futuro episódios como esses que têm acontecido", afirmou Lobão.