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Liga Árabe se reúne com mortes de palestinos na pauta

ÀS SETE - Mais do que as mortes, os países deverão discutir os futuros impactos políticos e diplomáticos que a parte muçulmana terá na região

PROTESTO EM GAZA: 22 países da Liga Árabe devem reforçar condenação internacional dos assassinatos / Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters (Mohammed Salem/Reuters)
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EXAME Hoje

Publicado em 17 de maio de 2018 às 06h08.

Última atualização em 17 de maio de 2018 às 07h18.

A Liga Árabe realiza nesta quinta-feira uma reunião extraordinária para discutir crise política na Palestina e, consequentemente, no Oriente Médio . Convocada pela Arábia Saudita, a reunião terá como tema principal a mudança da embaixada dos Estados Unidos em Israel para a cidade de Jerusalém, e o ataque de tropas israelenses a palestinos. Na segunda-feira, palestinos foram à fronteira da Faixa de Gaza com Israel e entraram em confronto com tropas do país. O saldo foi de 60 mortes e milhares de feridos.

O governo israelense se justificou, afirmando que o uso de armas letais foi decorrente da provocação de manifestantes do grupo extremista Hamas, que teriam suscitado a população palestina a entrar em conflito nas fronteiras da Faixa de Gaza com o país.  Além disso, o governo afirmou que a região fronteiriça não deve aplicar as leis humanitárias internacionais, uma vez que está em permanente “estado de guerra”.

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Mas mais do que os ataques, os países membros também deverão discutir os futuros impactos políticos e diplomáticos que a parte muçulmana terá na região. Para os principais líderes da Liga, a mudança foi uma “clara violação do direito internacional”, uma vez que a cidade não é reconhecida como a capital de Israel pela comunidade internacional.

Fundada em 1945, a Liga de Estados Árabes é composta por 22 Estados, e conta com uma população de mais de 200 milhões de habitantes. De maioria muçulmana, a Liga entendeu que o conflito entre palestinos e israelenses ultrapassou o território de Jerusalém, e afetou a religião como um todo.

Da reunião, porém, não deve resultar nada de concreto. Pior: o risco é aumentar ainda mais a temperatura na região. A Liga espera formalizar uma condenação da decisão dos Estados Unidos e dos ataques de Israel. O posicionamento, porém, não mudará a decisão da mudança. Os palestinos são tratados como mártires por grupos muçulmanos.

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