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Liga Árabe dá novo prazo à Síria antes de aprovar sanções

Organização avisou que vai pedir apoio da ONU para punir a Síria se o país não autorizar a entrada de observadores internacionais

A Liga Árabe quer o fim da violência na Síria (AFP)

A Liga Árabe quer o fim da violência na Síria (AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 14h59.

Cairo - A Liga Árabe deu nesta quinta-feira à Síria prazo de um dia para a assinatura do protocolo sobre a missão de observadores árabes que o organismo planeja enviar ao país, e ameaçou com a imposição de sanções econômicas se Damasco rejeitar esta iniciativa.

Em reunião extraordinária no Cairo, os ministros das Relações Exteriores árabes decidiram informar ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre a decisão para que adote as medidas necessárias para respaldar a organização pan-árabe.

Os chefes da diplomacia árabes decidiram que se Damasco não assinar o protocolo para o envio de observadores nesta sexta, o Conselho Econômico e Social árabe se reunirá no próximo sábado para analisar as sanções.

O documento com esta resolução foi entregue aos jornalistas no Hotel Fairmont da capital egípcia, onde ocorreu o encontro extraordinário, fora da sede da Liga Árabe devido aos confrontos na Praça Tahrir.

Entre as sanções previstas está o fim dos voos à Síria, das transações ao Banco Central sírio e dos tratados financeiros com este país.

A Liga Árabe contempla ainda congelar os recursos sírios e cancelar os intercâmbios comerciais governamentais com o Executivo sírio, com exceção das mercadorias estratégicas que afetam o povo sírio.

Se o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, aprovar o protocolo, mas não cumprir com o estipulado, ou seja, interromper os assassinatos e libertar os presos políticos, o Conselho Econômico e Social fará uma reunião no dia 26 de novembro.

Além disso, o conselho de ministros da Liga Árabe pediu ao regime sírio e à oposição que abra diálogo nacional conforme estipulado pela iniciativa árabe para superar a crise.

O objetivo do diálogo é a formação de um Governo de união nacional para administrar a etapa transitória e pôr fim a uma crise que se arrasta desde março. 

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