Vacinação de enfermeira na Irlanda: ritmo lento da imunização preocupa líderes europeus (MARC O'SULLIVAN/POOL/AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2021 às 06h20.
Última atualização em 21 de janeiro de 2021 às 09h02.
As lideranças da Comissão Europeia, órgão executivo das políticas da União Europeia, organizam uma reunião virtual nesta quinta-feira, 21, para discutir o ritmo lento da vacinação contra covid-19 no continente.
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O problema é mais grave na França, onde uma aversão histórica contra as vacinas tem desmotivado a população a aderir à imunização contra a covid-19.
Na segunda-feira, o governo francês iniciou uma campanha de vacinação em massa de pessoas acima de 75 anos. A expectativa é vacinar até 4 milhões de pessoas até o fim de fevereiro. Por ora, pouco mais de 400.000 franceses foram vacinados.
Na lista de razões para a baixa imunização na Europa estão problemas logísticos na fábrica da farmacêutica Pfizer na Bélgica, responsável por boa parte das doses distribuídas pelo continente.
A farmacêutica americana, associada ao laboratório alemão BioNTech, anunciou neste sábado, 16, um plano para acelerar a produção a partir de 25 de janeiro e, assim, recuperar o calendário de entregas acordado com os países europeus, informou a agência de notícias AFP.
Embora tenham saído na frente na vacinação dos seus cidadãos, a União Europeia tem ficado atrás de outros países como Israel, onde 22% da população já recebeu doses do imunizante.
Para acelerar a imunização, os líderes europeus devem discutir medidas como a compra centralizada de doses da vacina. Até agora, cada país tem colocado em prática seus programas de vacinação com pouca ou nenhuma interação com os países vizinhos.
O assunto vem preocupando cada vez mais os líderes europeus porque uma vacinação lenta pode prejudicar a recuperação da economia do bloco em 2021.
O Banco Central Europeu ainda prevê expansão de 3,9% no PIB em 2021, mas economistas veem esse cenário cada dia mais difícil de se concretizar num cenário de lockdown prolongado em países como França e Alemanha para conter o avanço da pandemia.