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Líder do Hamas descarta negociações diretas com Israel

Ex-primeiro-ministro do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, disse que "não haverá negociações diretas com o inimigo sionista"

Ismail Haniyeh pediu à Autoridade Palestina e a seu presidente, Mahmud Abbas, "para rever a sua estratégia de negociação" (Ahmed Zakot/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2014 às 12h20.

O ex-primeiro-ministro do Hamas em Gaza , Ismail Haniyeh, rejeitou neste sábado a possibilidade de instituir negociações diretas com Israel , três dias depois de um outro responsável do movimento islâmico palestino dizer que esta possibilidade não está descartada.

O Hamas, que não reconhece o Estado judeu, sempre se recusou a negociar diretamente com os seus representantes e as últimas negociações para um cessar-fogo em Gaza tiveram que ser realizadas através do Egito.

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Na quinta-feira, o número dois no exílio do Hamas, Mousa Abu Marzuk, disse que sua organização "poderia ser forçada" a negociar diretamente com Israel.

Haniyeh e Abu Marzuk são assessores do líder do Hamas, Khaled Meshaal, exilado no Catar. O primeiro vive na Faixa de Gaza e o segundo, no Cairo.

Israel rejeitou a hipótese de Abu Marzuk, e Haniyeh indicou neste sábado que "não haverá negociações diretas com o inimigo sionista", pedindo à Autoridade Palestina e a seu presidente, Mahmud Abbas, "para rever a sua estratégia de negociação".

Palestinos e israelenses devem retomar em breve no Cairo as negociações indiretas sobre um cessar-fogo que entrou em vigor na Faixa de Gaza no final de agosto, após 50 dias de guerra.

Nestas negociações, serão tratadas as questões mais espinhosas, incluindo a desmilitarização do Hamas, reivindicada por Israel para permitir a reconstrução do território, devastado pela guerra.

Sobre este assunto, Haniyeh disse que "armas da resistência são uma linha vermelha" que "não pode virar moeda de troca".

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