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Líbano aprova acordo de delimitação de fronteira marítima com Israel

O anúncio libanês acontece dois dias depois que o primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, qualificou o acordo de "histórico"

O campo de Karish em alto-mar se encontra completamente dentro de águas israelenses (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 13 de outubro de 2022 às 18h23.

Última atualização em 13 de outubro de 2022 às 19h12.

O Líbano aprovou o tratado de delimitação marítima com Israel, que abre caminho para a exploração de hidrocarbonetos na porção oriental do Mar Mediterrâneo, anunciou o presidente Michel Aoun nesta quinta-feira, 13.

"Anuncio a aprovação do Líbano da versão final [ do acordo ] preparada pelo mediador americano para delimitar a fronteira marítima sul", disse Aoun na televisão.

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O anúncio libanês acontece dois dias depois que o primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, qualificou o acordo de "histórico".

Depois de muitos intercâmbios entre as partes, o mediador americano, Amos Hochstein, entregou na noite de segunda-feira a última versão do texto.

Segundo o acordo, o campo de Karish em alto-mar se encontra completamente dentro de águas israelenses.

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O Líbano, por sua vez, terá todos os direitos de exploração do campo de Qana, situado mais a nordeste, parte do qual está em águas territoriais de Israel, mas "Israel será remunerado" pela empresa que opera em Qana.

Washington, que esteve mediando durante dois anos entre os dois vizinhos oficialmente em estado de guerra, elogiou o que classificou de "avanço histórico".

O chefe de Estado libanês, por sua vez, enfatizou que o acordo constituiu "um sucesso".

"Pudemos recuperar uma área de 860 quilômetros quadrados que era alvo de uma disputa e o Líbano não concedeu nenhum quilômetro para Israel", argumentou Aoun.

O presidente acrescentou que o Líbano havia obtido "todo o campo de Qana, sem que se pague qualquer compensação de nossa parte, embora todo o campo não se encontre em nossas águas".

As autoridades libanesas apostam na presença de hidrocarbonetos para ajudar a enfrentar o colapso econômico que assola o país há três anos, descrito pelo Banco Mundial como um dos piores do mundo em tempos modernos.

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