Kerry visita Paris e fala sobre Síria, Mali e Irã
"O Irã com uma arma nuclear é uma ameaça para a estabilidade mundial", disse Kerry
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 14h21.
Paris - O conflito da Síria , a intervenção no Mali e o programa nuclear iraniano foram os principais temas tratados pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, em sua primeira visita a Paris.
"Temos uma grande identidade nos pontos de vista sobre a situação internacional", afirmou Kerry, que tomou café da manhã com o presidente François Hollande e almoçou com seu colega Laurent Fabius.
Fabius disse que entre a França e os Estados Unidos "existe uma grande convergência em quase todos os assuntos internacionais".
Um dos mais urgentes se refere à Síria, em consequência da guerra civil. Paris e Washington acordaram estudar uma aceleração da transição política no país, embora não disseram se isso suporá uma ajuda direta à oposição ao regime de Bashar al Assad.
Kerry, que em Paris faz sua primeira viagem europeia desde que assumiu o cargo, participará na quinta-feira, em Roma, da reunião dos amigos do povo sírio e ali poderá anunciar uma ajuda direta às "zonas liberadas" pela oposição.
"Estamos estudando a possibilidade de acelerar a busca de uma solução política ao conflito, é a melhor via para a paz, para proteger o povo sírio e para acabar com os massacres", afirmou o chefe da diplomacia americana.
Uma transição que, para ambas as chancelarias, passa pela saída do presidente sírio do país.
"Assad deve escutar a voz de seu povo e a voz do mundo inteiro", afirmou Kerry, enquanto Fabius destacou a importância de "trabalhar todos juntos para abrir uma nova era" no país.
Com relação ao Irã, os dois chefes da diplomacia mostraram satisfação pela oferta do grupo 5+1 na cidade cazaque de Alma-Ata, que pede que seja aberto um diálogo com Teerã e ao regime iraniano para sentar à mesa da negociação.
O ponto de partida para ambos os países é que o Irã não possa produzir arma atômica, embora os dois reconheçam o direito desse país a ter energia nuclear.
"O Irã com uma arma nuclear é uma ameaça para a estabilidade mundial", disse Kerry, que reiterou a oferta do presidente, Barack Obama, de abrir um diálogo bilateral "sério" com Teerã.
Fabius aproveitou a primeira reunião com Kerry para agradecer o apoio logístico e de informação estratégica emprestado pelos Estados Unidos à França em sua intervenção no norte do Mali, uma ajuda que se manterá até que as forças francesas deixem o continente africano.
O secretário de Estado dos Estados Unidos louvou o "trabalho de liderança" da França no país africano e ressaltou a contribuição de Washington para a próxima etapa, que passa pela realização de eleições, previstas para julho, e abrir um diálogo com o norte do país, que reivindica a autonomia.
O clima "particularmente propício" que atravessam as relações entre dois países, que no passado tiveram obstáculos evidentes, será aproveitado para avançar em outros aspectos da agenda internacional, segundo os dois ministros.
Washington e Paris trabalharão para conseguir "uma ação internacional frente à desregulamentação climática", disse Fabius, que lembrou que seu colega trabalhou "durante muitos anos" nesse ponto.
O secretário de Estado disse que nesse aspecto, uma economia ecológica pode ser uma oportunidade para a criação de riqueza e de emprego nos Estados Unidos e na Europa.
Tanto Kerry como Fabius advogaram por avançar rumo à assinatura de um acordo de livre câmbio entre Estados Unidos e a União Europeia (UE).
Paris - O conflito da Síria , a intervenção no Mali e o programa nuclear iraniano foram os principais temas tratados pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, em sua primeira visita a Paris.
"Temos uma grande identidade nos pontos de vista sobre a situação internacional", afirmou Kerry, que tomou café da manhã com o presidente François Hollande e almoçou com seu colega Laurent Fabius.
Fabius disse que entre a França e os Estados Unidos "existe uma grande convergência em quase todos os assuntos internacionais".
Um dos mais urgentes se refere à Síria, em consequência da guerra civil. Paris e Washington acordaram estudar uma aceleração da transição política no país, embora não disseram se isso suporá uma ajuda direta à oposição ao regime de Bashar al Assad.
Kerry, que em Paris faz sua primeira viagem europeia desde que assumiu o cargo, participará na quinta-feira, em Roma, da reunião dos amigos do povo sírio e ali poderá anunciar uma ajuda direta às "zonas liberadas" pela oposição.
"Estamos estudando a possibilidade de acelerar a busca de uma solução política ao conflito, é a melhor via para a paz, para proteger o povo sírio e para acabar com os massacres", afirmou o chefe da diplomacia americana.
Uma transição que, para ambas as chancelarias, passa pela saída do presidente sírio do país.
"Assad deve escutar a voz de seu povo e a voz do mundo inteiro", afirmou Kerry, enquanto Fabius destacou a importância de "trabalhar todos juntos para abrir uma nova era" no país.
Com relação ao Irã, os dois chefes da diplomacia mostraram satisfação pela oferta do grupo 5+1 na cidade cazaque de Alma-Ata, que pede que seja aberto um diálogo com Teerã e ao regime iraniano para sentar à mesa da negociação.
O ponto de partida para ambos os países é que o Irã não possa produzir arma atômica, embora os dois reconheçam o direito desse país a ter energia nuclear.
"O Irã com uma arma nuclear é uma ameaça para a estabilidade mundial", disse Kerry, que reiterou a oferta do presidente, Barack Obama, de abrir um diálogo bilateral "sério" com Teerã.
Fabius aproveitou a primeira reunião com Kerry para agradecer o apoio logístico e de informação estratégica emprestado pelos Estados Unidos à França em sua intervenção no norte do Mali, uma ajuda que se manterá até que as forças francesas deixem o continente africano.
O secretário de Estado dos Estados Unidos louvou o "trabalho de liderança" da França no país africano e ressaltou a contribuição de Washington para a próxima etapa, que passa pela realização de eleições, previstas para julho, e abrir um diálogo com o norte do país, que reivindica a autonomia.
O clima "particularmente propício" que atravessam as relações entre dois países, que no passado tiveram obstáculos evidentes, será aproveitado para avançar em outros aspectos da agenda internacional, segundo os dois ministros.
Washington e Paris trabalharão para conseguir "uma ação internacional frente à desregulamentação climática", disse Fabius, que lembrou que seu colega trabalhou "durante muitos anos" nesse ponto.
O secretário de Estado disse que nesse aspecto, uma economia ecológica pode ser uma oportunidade para a criação de riqueza e de emprego nos Estados Unidos e na Europa.
Tanto Kerry como Fabius advogaram por avançar rumo à assinatura de um acordo de livre câmbio entre Estados Unidos e a União Europeia (UE).