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Justiça venezuelana rejeita libertação de líder opositor

Corte de Apelações de Caracas negou o pedido de libertação apresentada pela defesa do líder opositor Leopoldo López


	Líder opositor Leopoldo Lopez discursa na Venezuela: Lopez está recluso em uma prisão militar desde 18 de fevereiro
 (Jorge Silva/Reuters)

Líder opositor Leopoldo Lopez discursa na Venezuela: Lopez está recluso em uma prisão militar desde 18 de fevereiro (Jorge Silva/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2014 às 14h40.

Caracas - A Corte de Apelações de Caracas negou o pedido de libertação apresentado pela defesa do líder de oposição Leopoldo López, detido em uma prisão militar desde 18 de fevereiro, informou a Corte Suprema de Justiça (TSJ) nesta sexta-feira.

O TSJ indicou em seu site que a Corte "negou provimento ao recurso de apelação" interposto pelos advogados de López, acusado de "determinador (autor intelectual) em incêndio intencional, instigação pública, danos e formação de quadrilha".

Os advogados de López tinham recorrido da decisão de um Tribunal de Caracas que formalizou a prisão do líder do partido Vontade Popular, que se entregou voluntariamente em 18 de fevereiro.

A Corte de Apelações, em uma decisão de 27 de março, mantém as acusações contra López, tipificados no Código Penal e na Lei Orgânica contra a Delinquência Organizada e o Financiamento ao Terrorismo.

López continuará preso no Centro Nacional de Processados Militares de Ramo Verde, penitenciária próxima de Caracas onde estão detidos principalmente comandantes militares acusados de diversos crimes.

O líder da oposição Henrique Capriles considerou a decisão uma "decisão fascista" e expressou sua solidariedade a López em publicação no Twitter.

A esposa de López, Lilian Tintori, também na rede social, afirmou que a justiça venezuelana negou "a verdade" ao rejeitar a apelação apresentada pelos advogados do dirigente opositor.

O também opositor Carlos Vecchio, coordenador Político de Vontade Popular, destacou que "continuam usando a injustiça para linchar" López. "A escassez também é da justiça", insistiu.

O advogado Bernardo Pulido, da equipe de López, explicou à Agência Efe que a promotoria tem até cinco de abril para apresentar a acusação formal contra seu cliente.

López se entregou às autoridades quando já havia um mandado de prisão contra ele, acusado de instigar os atos de violência do dia 12 de fevereiro, quando uma manifestação pacífica terminou em ataques a bens e edifícios públicos no centro de Caracas, além de três homicídios.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, responsabilizou diretamente López pelos incidentes violentos.

Após isso, a Venezuela submergiu em uma onda de protestos contra a gestão de Maduro que já deixaram 35 mortos e mais de 500 feridos.

*Atualizada às 14h39 do dia 28/03/2014 

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