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Justiça sul-coreana proíbe saída do país de comandantes da polícia por lei marcial

País entrou em crise política após presidente decretar lei marcial na semana passada; medida foi suspensa algumas horas depois daquele mesmo dia

Manifestantes seguram cartazes com os dizeres "Yoon Suk Yeol impeachment!" durante um comício à luz de velas pedindo a deposição do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, nos degraus da Assembleia Nacional em Seul, em 5 de dezembro de 2024 (JUNG Yeon-je/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 08h41.

Última atualização em 10 de dezembro de 2024 às 08h46.

As autoridades da Coreia do Sul proibiram nesta terça-feira, 10, a saída do país de três comandantes de alto escalão da polícia devido à imposição, por algumas horas na semana passada, de uma lei marcial pelo presidenteYoon Suk Yeol.

O presidente conservador, seus ex-ministros da Defesa e do Interior, o comandante responsável pela aplicação da lei marcial e o comandante de contrainteligência também são afetados pela medida.

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As autoridades investigam o presidente e seus aliados próximos por possível "insurreição" ao declarar a lei marcial, revogada após algumas horas, depois que os deputados opositores votaram contra a medida, apesar da presença do exército na entrada do Parlamento.

Nesta terça-feira, a agência sul-coreana de notícias Yonhap informou que o comissário geral da Agência Nacional de Polícia, Cho Ji-ho, e outros dois comandantes da força de segurança também receberam proibições de sair do país.

Apesar do repúdio generalizado à lei marcial, Yoon conseguiu sobreviver no sábado a um processo de impeachment, depois que os deputados de seu partido boicotaram a votação.

Embora tenha maioria no Parlamento, a oposição precisava de algumas deserções do Partido do Poder Popular (PPP), legenda de Yoon, para alcançar os dois terços de votos necessários para aprovar a moção.

O partido conservador explicou que Yoon aceitou entregar o poder ao primeiro-ministro e ao líder do partido, o que a oposição chamou de "segundo golpe de Estado".

A imprensa sul-coreana informou que o PPP anunciará em breve um "plano para a renúncia" de Yoon, que poderia acontecer em fevereiro ou março.

Manifestações contra lei marcial

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