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Justiça peruana rejeita habeas corpus para ex-presidente

O advogado declarou que Toledo, que aparentemente se encontra nos EUA, voltaria ao Peru para enfrentar o processo se a ordem de prisão fosse suspensa

Ex-presidente Alejandro Toledo: ele é acusado de tráfico de influência e lavagem de ativos por supostamente ter recebido propina da Odebrecht, avaliadas em US$ 20 milhões (Enrique Castro-Mendivil/Reuters)

Ex-presidente Alejandro Toledo: ele é acusado de tráfico de influência e lavagem de ativos por supostamente ter recebido propina da Odebrecht, avaliadas em US$ 20 milhões (Enrique Castro-Mendivil/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de março de 2017 às 16h25.

Lima - A Suprema Corte do Peru rejeitou nesta quarta-feira o habeas corpus apresentado em favor do ex-presidente Alejandro Toledo contra a ordem que determinou sua prisão preventiva por supostamente receber propina no valor de US$ 20 milhões da construtora brasileira Odebrecht.

O Poder Judiciário peruano informou sobre a decisão do tribunal ao encerrar o prazo de 24 horas para isto desde a apresentação feita na segunda-feira pelo advogado de Toledo, Heriberto Benítez.

O advogado declarou, ao apresentar o recurso, que Toledo, que aparentemente se encontra nos Estados Unidos, onde tem sua residência habitual, voltaria ao Peru para enfrentar o processo se a ordem de prisão preventiva fosse suspensa.

Benítez, um ex-congressista que foi vinculado a duas redes de corrupção investigadas pela Justiça peruana nos últimos anos, afirmou que interpôs o habeas corpus com a conivência de Toledo depois que o recurso de queixa inicial apresentado fora desestimado.

A Justiça peruana emitiu a ordem de detenção porque Toledo não tem residência no país e não há garantias de que ele se submeterá ao processo de maneira voluntária.

Toledo é acusado de tráfico de influência e lavagem de ativos por supostamente ter recebido propina da Odebrecht, avaliadas em US$ 20 milhões, em troca de favorecimento à companhia na licitação da Estrada Interoceânica do Sul.

Outro tribunal avaliará hoje se aceita a prescrição colocada pela defesa de Toledo para o crime de tráfico de influência neste caso.

As autoridades peruanas estão à espera de que os Estados Unidos procedam com a detenção de Toledo para iniciar um processo de extradição.

Toledo é a primeira grande figura da política peruana indiciada pelo caso Odebrecht, empresa que admitiu à Justiça americana que pagou US$ 29 milhões em propinas para funcionários peruanos entre 2005 e 2014.

Esse período contempla os mandatos presidenciais de Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).

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