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Juiz proíbe ex-tesoureiro do PP de sair da Espanha

Bárcenas teve na Suíça no final de 2005 um total de 14,8 milhões de euros em nome da fundação panamenha Sinequanon, quantidade que aumentou para 22,1 milhões em 2007

Bandeira da Espanha: na semana passada, a Promotoria Anticorrupção disse que existem "múltiplos e contundentes indícios" de corrupção cometidos por Bárcenas. (Sergio Perez/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 17h36.

Madri - Um juiz proibiu nesta segunda-feira o ex-tesoureiro e ex-senador do conservador Partido Popular (PP), Luis Bárcenas, a sair da Espanha sem autorização judicial e lhe obrigou a entregar seu passaporte após avaliar risco de fuga durante seu depoimento sobre suas contas milionárias na Suíça.

O juiz instrutor do caso de corrupção conhecido como "Gürtel", Pablo Ruz, respondeu assim ao pedido do promotor que solicitou medidas cautelares sobre Bárcenas, que declarou que chegou a ter até 38 milhões de euros em contas na Suíça e lhe entregou uma relação das doações do PP de 1999 a 2007 no valor de 33 milhões (23,7 milhões deles de procedência anônima).

Em seu depoimento de três horas, Bárcenas desvinculou o PP desse dinheiro, cuja origem disse que se deve, principalmente, a investimentos na bolsa e negócios como obras de arte e operações imobiliárias, algo que a polícia pôs em dúvida em um recente relatório.

Pablo Ruz citou Bárcenas para que ele se apresentasse depois de ser informado pelas autoridades suíças, em resposta a uma comissão rogatória, que foi encontrado uma conta no Dresdner Bank vinculada ao ex-tesoureiro.

A descoberta da conta e a posterior publicação divulgação de uma suposta contabilidade paralela do PP atribuída a Bárcenas, e que incluiria o pagamento de salários extras em dinheiro não declarado para a cúpula do partido, colocou a legenda de Mariano Rajoy, chefe de governo da Espanha, no centro de um grande escândalo.

Segundo a comissão rogatória, Bárcenas teve na Suíça no final de 2005 um total de 14,8 milhões de euros em nome da fundação panamenha Sinequanon, quantidade que aumentou para 19,7 milhões em 2006, e para 22,1 milhões em 2007. Em 2008, o valor caiu para 13,6 milhões de euros, e em 2009, para 11,8 milhões.

Na semana passada, a Promotoria Anticorrupção disse que existem "múltiplos e contundentes indícios" de corrupção cometidos por Bárcenas, concretamente suborno, delito fiscal e lavagem de dinheiro, embora tenha acrescentado que esperaria sua declaração de hoje para decidir se pediria medidas cautelares contra o ex-tesoureiro.

O caso Gürtel sobre corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro vinculados a membros do PP foi iniciado há quatro anos, após uma operação coordenada pelo então juiz Baltasar Garzón.

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Madri - Um juiz proibiu nesta segunda-feira o ex-tesoureiro e ex-senador do conservador Partido Popular (PP), Luis Bárcenas, a sair da Espanha sem autorização judicial e lhe obrigou a entregar seu passaporte após avaliar risco de fuga durante seu depoimento sobre suas contas milionárias na Suíça.

O juiz instrutor do caso de corrupção conhecido como "Gürtel", Pablo Ruz, respondeu assim ao pedido do promotor que solicitou medidas cautelares sobre Bárcenas, que declarou que chegou a ter até 38 milhões de euros em contas na Suíça e lhe entregou uma relação das doações do PP de 1999 a 2007 no valor de 33 milhões (23,7 milhões deles de procedência anônima).

Em seu depoimento de três horas, Bárcenas desvinculou o PP desse dinheiro, cuja origem disse que se deve, principalmente, a investimentos na bolsa e negócios como obras de arte e operações imobiliárias, algo que a polícia pôs em dúvida em um recente relatório.

Pablo Ruz citou Bárcenas para que ele se apresentasse depois de ser informado pelas autoridades suíças, em resposta a uma comissão rogatória, que foi encontrado uma conta no Dresdner Bank vinculada ao ex-tesoureiro.

A descoberta da conta e a posterior publicação divulgação de uma suposta contabilidade paralela do PP atribuída a Bárcenas, e que incluiria o pagamento de salários extras em dinheiro não declarado para a cúpula do partido, colocou a legenda de Mariano Rajoy, chefe de governo da Espanha, no centro de um grande escândalo.

Segundo a comissão rogatória, Bárcenas teve na Suíça no final de 2005 um total de 14,8 milhões de euros em nome da fundação panamenha Sinequanon, quantidade que aumentou para 19,7 milhões em 2006, e para 22,1 milhões em 2007. Em 2008, o valor caiu para 13,6 milhões de euros, e em 2009, para 11,8 milhões.

Na semana passada, a Promotoria Anticorrupção disse que existem "múltiplos e contundentes indícios" de corrupção cometidos por Bárcenas, concretamente suborno, delito fiscal e lavagem de dinheiro, embora tenha acrescentado que esperaria sua declaração de hoje para decidir se pediria medidas cautelares contra o ex-tesoureiro.

O caso Gürtel sobre corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro vinculados a membros do PP foi iniciado há quatro anos, após uma operação coordenada pelo então juiz Baltasar Garzón.

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