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Jovem de 17 anos morre em protesto da oposição em Caracas

Armando Cañizales foi ferido em uma ponte onde a Guarda Nacional Bolivariana dispersou a manifestação com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha

Venezuela: o número de mortes em meio à onda de manifestações que começou na Venezuela no dia 1 de abril subiu para 34 com esta (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: o número de mortes em meio à onda de manifestações que começou na Venezuela no dia 1 de abril subiu para 34 com esta (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de maio de 2017 às 20h38.

Caracas - Um jovem venezuelano de 17 anos morreu nesta quarta-feira durante os confrontos iniciados após um protesto contra o governo em Caracas, convocado pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), informou o prefeito do município Baruta, o opositor Gerardo Blyde.

"Com muita dor informo o falecimento de Armando Cañizales (17 anos)", escreveu Blyde em sua conta no Twitter, explicando que a vítima tinha sido ferida em uma ponte próxima à autoestrada Francisco Fajardo, onde a Guarda Nacional Bolivariana dispersou a manifestação com bombas de gás lacrimogêneo e disparos de bala de borracha.

O jovem "recebeu trauma penetrante no pescoço" que produziu uma parada cardiorrespiratória e morreu "enquanto era atendido", detalhou o prefeito opositor.

O número de mortes em meio à onda de manifestações que começou na Venezuela no dia 1 de abril subiu para 34 com esta e outras quatro vítimas informadas hoje pelas autoridades do país.

As quatro pessoas morreram na terça-feira durante protestos, um deles em Caracas e outros três em Carabobo.

Mais de 180 pessoas ficaram feridas nesta quarta-feira, entre elas seis deputados venezuelanos, pela violência desencadeada após a mobilização opositora em Caracas ser dispersada, segundo Blyde e o prefeito do município de Chacao, o também opositor Ramón Muchacho.

Opositores e chavistas se acusam mutuamente da violência registrada nos protestos. No entanto, até o momento os órgãos de justiça não atribuíram a responsabilidade a nenhum grupo político.

A escalada de tensão no país aumentou depois de uma sentença do Tribunal Supremo de Justiça que tomou as funções do Parlamento, único poder controlado pela oposição, uma medida que foi revogada em poucos dias em meio às manifestações e a pressão internacional.

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