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Jornalistas da Reuters são libertados na Síria

Repórteres televisivos foram detidos, interrogados e mantidos incomunicáveis por causa de suas filmagens

Jornalistas ficaram presos dois dias em Damasco (David Silverman/Getty Images)

Jornalistas ficaram presos dois dias em Damasco (David Silverman/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2011 às 14h47.

Beirute - Dois jornalistas da Reuters foram libertados pelas autoridades sírias nesta segunda-feira, dois dias depois de serem detidos na capital Damasco.

A produtora de televisão Ayat Basma e o cinegrafista Ezzat Baltaji voltaram para o Líbano, onde trabalham, e disseram que estavam bem.

"A Reuters está preocupada por seus jornalistas terem sido detidos e mantidos incomunicáveis por tanto tempo. Estamos muito contentes que foram libertados e estamos ansiosos para dar as boas-vindas a Ayat e Ezzat", disse o editor-chefe da Reuters, Stephen Adler.

"Gostaríamos de agradecer a todos que nos ajudaram a resolver a questão."

Basma e Baltaji, libaneses e sediados em Beirute, viajaram à vizinha Síria na quinta-feira. Os protestos no país nas últimas duas semanas se tornaram o maior desafio do governo de 11 anos do presidente Bashar al-Assad.

Autoridades sírias disseram que os jornalistas foram detidos e interrogados, porque não tinham permissão para trabalhar na Síria, e haviam filmado "em uma área onde a filmagem não é permitida".

Eles entraram em contato com seus colegas pela última vez na noite de sábado, e o paradeiro deles não estava claro até pouco depois de serem libertados na segunda-feira.

Basma, que também cobriu os protestos na Tunísia, Egito e Iraque, trabalha na Reuters desde fevereiro de 2007, enquanto Baltaji trabalha para a empresa desde abril de 2008.

Na sexta-feira, as autoridades sírias retiraram o credenciamento de um correspondente estrangeiro da Reuters sediado em Damasco, alegando que ele publicou informações "não-profissionais e falsas" sobre os acontecimentos na Síria.

A Reuters defende a cobertura do jornalista.

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