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Jornalista crítica ao extremismo hinduísta é assassinada na Índia

Lankesh era crítica ao movimento extremista "Hindutva", que considera que a Índia como conceito está ligada à religião hinduísta

Protesto: a polícia procura os autores do crime e por enquanto não realizou nenhuma detenção (Adnan Abidi/Reuters)

Protesto: a polícia procura os autores do crime e por enquanto não realizou nenhuma detenção (Adnan Abidi/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 08h30.

Nova Délhi - Um grupo de agressores sem identificação matou a tiros a jornalista indiana crítica ao extremismo hinduísta Gauri Lankesh em sua casa na cidade de Bangalore, no sul do país, informaram nesta quarta-feira diversas fontes.

Lankesh, de 55 anos e editora do revista regional Lankesh Patrike, foi ferida por três disparos no peito durante o ataque, ocorrido na noite de ontem por volta das 20h local (11h30, em Brasília), indicou à Agência Efe o inspetor da delegacia da zona, S.Timesh.

"Ela estava no interior de sua casa e algumas pessoas tocaram a campainha. Quando ela abriu, elas dispararam", relatou a fonte, ao precisar que os agressores fizeram sete disparos no total.

A polícia procura os autores do crime e por enquanto não realizou nenhuma detenção.

O irmão da vítima, Indrajit Lankesh, declarou a jornalistas que a editora não tinha recebido nenhuma ameaça e confirmou que os fatos foram gravados por câmeras de segurança colocada no lugar.

Lankesh era crítica ao movimento "Hindutva", extremista que considera que a Índia como conceito está ligada à religião hinduísta, e foi inclusive condenada em um caso de difamação por um artigo que escreveu sobre o partido nacionalista hindu BJP, do primeiro-ministro, Narendra Modi.

"Condeno o assassinato da jornalista Gauri Lankesh. Espero que haja uma investigação rápida e a justiça seja feita", lamentou na sua conta do Twitter a ministra indiana de Informação e Comunicação, Smriti Irani, ao oferecer condolências à família da vítima.

A Índia está no posto 136 de 179 no índice de liberdade de imprensa 2017 da organização Repórter Sem Fronteiras (RSF), um a menos que a Palestina e só um lugar acima da Venezuela.

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