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Jihadistas na Síria cometeram execuções em massa, diz ONU

Execuções aconteceram em Haqrim, Tel Abyad e no complexo hospitalar de Qadi Askar. Corpos também foram encontrados no lago Assad, segundo comissão da ONU

Rebelde sírio: informações recolhidas por comissão indicam que combatentes do EIIL, antecipando derrota militar, escolheram matar prisioneiros "às pressas, à queima-roupa" (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 19h42.

O Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), um grupo armado jihadista que combate o regime sírio e, mais recentemente, os rebeldes sírios, cometeu "execuções em massa" em janeiro, acusou nesta terça-feira uma comissão de inquérito da ONU .

"Em janeiro (...) confrontos ameaçaram os redutos do EIIL, e, em vários incidentes, as coalizões de grupos armados, incluindo a Frente Islâmica, a Frente Revolucionária síria em Idlib e o Exército dos Mujahedeen em Aleppo e no norte do país assumiram o controle de bases do EIIL", escreveu a comissão em um documento divulgado nesta terça-feira.

"Nos dias e horas que antecederam os ataques, combatentes do EIIL realizaram execuções em massa de prisioneiros e cometeram crimes de guerra. Uma investigação ainda está em curso sobre o número de pessoas mortas , bem como as alegações de valas comuns", diz o documento.

Estas execuções aconteceram em Haqrim, Tel Abyad e no complexo hospitalar de Qadi Askar. Corpos também foram encontrados no lago Assad, perto da barragem de Al Forat, de acordo com a comissão.

As informações recolhidas pela comissão indicam que os combatentes do EIIL, antecipando uma derrota militar, escolheram matar prisioneiros "às pressas, à queima-roupa". Algumas vítimas podem ser civis, alerta a comissão.

O grupo apresentou nesta terça-feira perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra seu relatório - publicado em 5 de março, abrangendo o período de julho de 2013 a 20 de janeiro de 2014.

Por não ter sido autorizada pelo governo a visitar a Síria, a comissão se baseia principalmente em mais de 3.000 depoimentos.

Ela também estabeleceu quatro listas, que não foram publicadas pela ONU, com os nomes de autoridades, membros de grupos armados e entidades suspeitas de cometer crimes de guerra e crimes contra a Humanidade.

De acordo com o presidente da comissão, Paulo Pinheiro, as listas incluem "os nomes dos chefes dos centros de inteligência e de detenção onde detidos são torturados, os nomes dos comandantes militares que mataram civis, aeroportos de onde partiram aviões carregados de barris explosivos e grupos armados envolvidos em ataques e deslocamentos populacionais".

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O Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), um grupo armado jihadista que combate o regime sírio e, mais recentemente, os rebeldes sírios, cometeu "execuções em massa" em janeiro, acusou nesta terça-feira uma comissão de inquérito da ONU .

"Em janeiro (...) confrontos ameaçaram os redutos do EIIL, e, em vários incidentes, as coalizões de grupos armados, incluindo a Frente Islâmica, a Frente Revolucionária síria em Idlib e o Exército dos Mujahedeen em Aleppo e no norte do país assumiram o controle de bases do EIIL", escreveu a comissão em um documento divulgado nesta terça-feira.

"Nos dias e horas que antecederam os ataques, combatentes do EIIL realizaram execuções em massa de prisioneiros e cometeram crimes de guerra. Uma investigação ainda está em curso sobre o número de pessoas mortas , bem como as alegações de valas comuns", diz o documento.

Estas execuções aconteceram em Haqrim, Tel Abyad e no complexo hospitalar de Qadi Askar. Corpos também foram encontrados no lago Assad, perto da barragem de Al Forat, de acordo com a comissão.

As informações recolhidas pela comissão indicam que os combatentes do EIIL, antecipando uma derrota militar, escolheram matar prisioneiros "às pressas, à queima-roupa". Algumas vítimas podem ser civis, alerta a comissão.

O grupo apresentou nesta terça-feira perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra seu relatório - publicado em 5 de março, abrangendo o período de julho de 2013 a 20 de janeiro de 2014.

Por não ter sido autorizada pelo governo a visitar a Síria, a comissão se baseia principalmente em mais de 3.000 depoimentos.

Ela também estabeleceu quatro listas, que não foram publicadas pela ONU, com os nomes de autoridades, membros de grupos armados e entidades suspeitas de cometer crimes de guerra e crimes contra a Humanidade.

De acordo com o presidente da comissão, Paulo Pinheiro, as listas incluem "os nomes dos chefes dos centros de inteligência e de detenção onde detidos são torturados, os nomes dos comandantes militares que mataram civis, aeroportos de onde partiram aviões carregados de barris explosivos e grupos armados envolvidos em ataques e deslocamentos populacionais".

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