Exame Logo

Jihadistas executam militante dos Direitos Humanos no Iraque

De acordo com moradores e organizações de defesa dos direitos Humanos, Samira Saleh al-Nuaimi foi executada na segunda-feira

Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar o jornalista americano Steven Sotloff (Ho/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 16h34.

Bagdá - O grupo Estado Islâmico ( EI ) executou em praça pública uma ativista dos direitos Humanos em Mossul, cidade que controlam no norte do Iraque , depois que ela criticou os jihadistas nas redes sociais, anunciaram nesta quinta-feira militantes e parentes.

De acordo com moradores e organizações de defesa dos direitos Humanos, Samira Saleh al-Nuaimi foi executada na segunda-feira. Uma fonte do necrotério de Mossul confirmou que seu corpo havia sido levado para o local neste dia.

Veja também

"Eu estive em contato com o necrotério e, infelizmente, posso confirmar que ela está morta", declarou à AFP Hana Edward, renomada ativista iraquiana que conhecia a vítima.

Seus pais foram informados na terça-feira de que o corpo de sua filha estava no necrotério, relatou um vizinho do casal que falou sob condição de anonimato.

"Ela foi raptada há uma semana e seu corpo foi devolvido" na segunda-feira, informou por telefone este vizinho.

"Quando sua família perguntou o que ela tinha feito para merecer isso, foi informada de que (sua filha) deveria ter se arrependido por postar comentários no Facebook denunciando a destruição de santuários pelo EI", acrescentou.

O EI, que proclamou um califado nos territórios conquistados no Iraque e na Síria, defende um retorno às origens do Islã e já destruiu vários templos muçulmanos, pois condena o ato de venerar locais de sepultamento.

O Gulf Centre for Human Rights afirmou que a advogada Samira Saleh al-Nuaimi havia descrito como "barbárie" a destruição do patrimônio iraquiano.

"Um grupo de homens armados pertencentes ao EI abriram fogo matando-a em uma praça pública no centro da cidade de Mossul", declarou a ONG em um comunicado.

Acompanhe tudo sobre:AssassinatosCrimeEstado IslâmicoIslamismo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame