Jihadistas executam militante dos Direitos Humanos no Iraque
De acordo com moradores e organizações de defesa dos direitos Humanos, Samira Saleh al-Nuaimi foi executada na segunda-feira
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2014 às 16h34.
Bagdá - O grupo Estado Islâmico ( EI ) executou em praça pública uma ativista dos direitos Humanos em Mossul, cidade que controlam no norte do Iraque , depois que ela criticou os jihadistas nas redes sociais, anunciaram nesta quinta-feira militantes e parentes.
De acordo com moradores e organizações de defesa dos direitos Humanos, Samira Saleh al-Nuaimi foi executada na segunda-feira. Uma fonte do necrotério de Mossul confirmou que seu corpo havia sido levado para o local neste dia.
"Eu estive em contato com o necrotério e, infelizmente, posso confirmar que ela está morta", declarou à AFP Hana Edward, renomada ativista iraquiana que conhecia a vítima.
Seus pais foram informados na terça-feira de que o corpo de sua filha estava no necrotério, relatou um vizinho do casal que falou sob condição de anonimato.
"Ela foi raptada há uma semana e seu corpo foi devolvido" na segunda-feira, informou por telefone este vizinho.
"Quando sua família perguntou o que ela tinha feito para merecer isso, foi informada de que (sua filha) deveria ter se arrependido por postar comentários no Facebook denunciando a destruição de santuários pelo EI", acrescentou.
O EI, que proclamou um califado nos territórios conquistados no Iraque e na Síria, defende um retorno às origens do Islã e já destruiu vários templos muçulmanos, pois condena o ato de venerar locais de sepultamento.
O Gulf Centre for Human Rights afirmou que a advogada Samira Saleh al-Nuaimi havia descrito como "barbárie" a destruição do patrimônio iraquiano.
"Um grupo de homens armados pertencentes ao EI abriram fogo matando-a em uma praça pública no centro da cidade de Mossul", declarou a ONG em um comunicado.