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Terremoto de magnitude 6.9 atinge Japão e alertas para tsunami são emitidos

Informações foram divulgadas pela Agência Meteorológica do Japão

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 10h24.

Última atualização em 13 de janeiro de 2025 às 11h41.

Um forte terremoto com magnitude preliminar de 6,9 atingiu o sudoeste do Japão, informou a Agência Meteorológica do país nesta segunda-feira. Pouco após o fenômeno, que ocorreu às 21h19 no horário local (9h19 em Brasília), alertas de ondas de tsunami de até 1 metro de altura foram emitidos para a Prefeitura de Miyazaki, na ilha de Kyushu, no sudoeste do país, e para a vizinha Prefeitura de Kochi.

Ainda não há relatos sobre danos na região. Os moradores da cidade costeira de Kochi foram orientados a evacuar como medida de precaução, publicou a agência americana Associated Press. A emissora pública NHK TV informou que um tsunami atingiu a terra cerca de 30 minutos após o terremoto. As águas detectadas no Porto de Miyazaki mediram 20 centímetros de altura, segundo informações iniciais.

Um homem ficou levemente ferido em Kyushu após cair de uma escada, de acordo com a NHK TV. Os trens pararam de operar na Estação de Miyazaki, deixando passageiros retidos. Ainda assim, porém, imagens da emissora mostraram o tráfego em movimento e as ruas bem iluminadas, indicando que a energia elétrica continuava funcionando.

Não foram relatadas anormalidades na Usina Nuclear de Ikata, no oeste do Japão, nem na Usina Nuclear de Sendai, em Kagoshima, informou a emissora japonesa, referindo-se às duas usinas mais próximas do local onde o terremoto ocorreu. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) afirmou que não havia ameaça de tsunami na região. A agência japonesa, no entanto, manteve o aviso e recomendou que a população se mantenha afastada das águas costeiras.

O Japão é frequentemente atingido por terremotos devido à sua localização ao longo do chamado Anel de Fogo, um arco de vulcões e falhas tectônicas no Pacífico. A Agência Meteorológica do Japão agora investiga se o terremoto mais recente está relacionado à chamada fossa de Nankai, uma trincheira de 800 km de comprimento no fundo do oceano, indo de Hyuganada, nas águas ao largo da costa sudeste de Kyushu, até a Baía de Suruga, no centro do Japão.

Alerta de megaterremoto

Em agosto passado, a agência japonesa emitiu um aviso de megaterremoto após concluir que o terremoto de magnitude 7,1 que ocorreu no mesmo mês aumentou a probabilidade de um tremor mais forte. Atualmente, segundo especialistas, existe uma chance de 70 a 80% de que um terremoto de magnitude 8 ou 9 associado à trincheira de Nankaiocorra nos próximos 30 anos, sendo que agora, passado o último terremoto, a probabilidade é “maior do que o normal”.

Não há indícios de que o terremoto ocorrerá em um momento ou local específico, explicou Naoshi Hirata, sismólogo da Universidade de Tóquio e chefe do painel de especialistas da agência meteorológica japonesa, à AP. O último terremoto de Nankai, ocorrido na ilha japonesa de Shikoku em 1946, registrou magnitude de 8,0 e matou mais de 1.300 pessoas.

Em 2013, uma equipe de prevenção de desastres do governo estimou que um terremoto de magnitude 9,1 na fossa de Nankai poderia gerar um tsunami de mais de 10 metros de altura em poucos minutos, matando até 323.000 pessoas, destruindo mais de 2 milhões de edifícios e causando danos econômicos superiores a 220 trilhões de ienes (R$ 58 trilhões, na cotação atual) em grande parte da costa do Pacífico do Japão.

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