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Japão sofre com resíduos contaminados por Fukushima

No total, 166 mil toneladas de resíduos radioativos permanecem em armazéns temporários distribuídos em 12 províncias do país


	Fukushima: 166 mil toneladas de resíduos radioativos permanecem em armazéns temporários distribuídos em 12 províncias do país
 (Kyodo/Files/Reuters)

Fukushima: 166 mil toneladas de resíduos radioativos permanecem em armazéns temporários distribuídos em 12 províncias do país (Kyodo/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 05h45.

Tóquio - O Japão ainda armazena em depósitos temporários centenas de milhares de toneladas de resíduos contaminados pela radiação da usina nuclear de Fukushima, após o acidente em 2011, devido à recusa dos municípios que agora devem se responsabilizar pelo material.

No total, 166 mil toneladas de resíduos radioativos, que incluem cinzas de material incinerado, permanecem em armazéns temporários distribuídos em 12 províncias do país sem que o governo japonês possa transferi-los aos depósitos especialmente construídos para recebê-los, informou nesta terça-feira o jornal "Asahi".

O desastre provocado pelo terremoto e tsunami em 11 de março de 2011 provocou a fusão parcial de três reatores de Fukushima, que espalharam substâncias radioativas no nordeste do país.

Após o acidente, o governo aprovou o armazenamento de todo material que superasse 8 mil becquerels por quilograma de radiação.

Os novos armazéns que devem receber esses materiais estão situados em províncias do leste do país e foram construídos de acordo com as leis para gerenciar esses resíduos, que foram aprovadas após o acidente em Fukushima.

No entanto, os municípios onde ficam essas instalações se mostraram firmemente contrários a recebê-los argumentando que não estão preparadas para suportar desastres naturais e que o plano para armazenar os resíduos contaminados que consta na legislação não especifica prazos nem ações concretas para o gerenciamento dos mesmos.

O governo, por sua vez, insistiu que é necessário transferir urgentemente esses resíduos já que os depósitos temporários foram adotados como medida de urgência em 2011 e, em muitos casos, são simples containers de plástico.

Esses depósitos são incapazes de suportar chuvas intensas como as trazidas pelos tufões que costumam passar pelo Japão e os terremotos que regularmente são registrados no país. 

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