People pray at the Hiroshima Peace Memorial Park in Hiroshima on August 6, 2021, following the annual ceremony to remember the victims on the 76th anniversary of the world's first atomic bomb attack. (Photo by / AFP) (Yasuyoshi CHIBA/AFP)
AFP
Publicado em 6 de agosto de 2021 às 06h49.
O Japão homenageou nesta sexta-feira (6) as vítimas da bomba atômica em Hiroshima lançada em 6 de agosto de 1945, com a polêmica este ano sobre a recusa do Comitê Olímpico Internacional (COI) em respeitar um minuto de silêncio durante os atuais Jogos de Tóquio-2020.
Sobreviventes, parentes e um punhado de dignitários estrangeiros compareceram à cerimônia matinal em Hiroshima (oeste) para homenagear as vítimas e pedir a paz no mundo.
Dada a persistência da pandemia de covid-19, a cerimônia não foi aberta ao público, mas pôde ser acompanhada pela internet.
Os participantes, usando máscaras e muitos vestidos de preto, observaram um minuto de silêncio às 8h15 locais (20h15 de quinta-feira em Brasília), horário em que a bomba atômica americana foi lançada sobre a cidade há 76 anos.
Sobreviventes e o município de Hiroshima propuseram ao COI convidar os atletas dos Jogos a se juntarem ao minuto de silêncio de Tóquio. Porém, o presidente do COI, Thomas Bach, rejeitou a proposta e respondeu que a cerimônia de encerramento dos Jogos, no próximo domingo, dará a oportunidade de homenagear as vítimas de todos os trágicos acontecimentos da história.
"É decepcionante, embora apreciemos o fato de o presidente Bach ter visitado Hiroshima" antes dos Jogos, declarou Tomohiro Higaki, um alto funcionário da cidade.
Bach esteve em Hiroshima no dia 16 de julho para marcar o início da tradicional "trégua olímpica", que visa garantir a suspensão das hostilidades no mundo durante os jogos.
A bomba atômica foi responsável por 140.000 mortes em Hiroshima. A bomba lançada 9 de agosto de 1945 em Nagasaki deixou 74.000 mortos.
O Japão se rendeu em 15 de agosto de 1945, encerrando a Segunda Guerra Mundial.