Jacques Chirac critica Sarkozy em livro de memórias
O ex-presidente citou declarações polêmicas de Sarkozy, que chegou a ironizar os amantes de sumô, esporte favorito do Chirac
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2011 às 21h47.
Paris - O ex-presidente da França Jacques Chirac alfinetou o sucessor, Nicolas Sarkozy, no segundo volume do seu livro de memórias, "Le temps présidentiel", ao descrevê-lo como um homem "nervoso, impetuoso, que não duvida de nada e, sobretudo, dele mesmo".
As revistas semanais Le Point e Le Nouvel Observateur publicaram trechos do livro nas suas últimas edições.
Neste segundo volume do seu livro de memórias, Chirac mostrou-se muito mais crítico em relação ao seu sucessor do que no primeiro, "Chaque pas doit être un but" (Cada passo deve ter um objetivo, em tradução livre), no qual retratava sua vida desde o nascimento em 1932 até sua eleição como presidente em 1995.
O ex-presidente citou declarações polêmicas de Sarkozy, que chegou a ironizar os amantes de sumô, esporte favorito do Chirac, referindo-se a "pequenas frases provocantes de um ministro que se expressava sem mostrar respeito pelo chefe de estado".
"Porém, uma reação minha, pelo menos em público, só poderia levar a um confronto, que, ao meu ver não teria sido digno do presidente da república", escreveu o ex-chefe de estado francês, que esteve à frente do país de 1995 até 2007.
Chirac também revelou que, após sua reeleição em 2002, ele achava que "Sarkozy seria o mais preparado para assumir a função de primeiro ministro", mas "ainda restam muitos mal-entendidos" entre eles.
Apesar dessas críticas, o ex-presidente reconheceu que seu sucessor tinha como qualidade uma certa sinceridade, já que "ele nunca escondeu suas ambições".
Paris - O ex-presidente da França Jacques Chirac alfinetou o sucessor, Nicolas Sarkozy, no segundo volume do seu livro de memórias, "Le temps présidentiel", ao descrevê-lo como um homem "nervoso, impetuoso, que não duvida de nada e, sobretudo, dele mesmo".
As revistas semanais Le Point e Le Nouvel Observateur publicaram trechos do livro nas suas últimas edições.
Neste segundo volume do seu livro de memórias, Chirac mostrou-se muito mais crítico em relação ao seu sucessor do que no primeiro, "Chaque pas doit être un but" (Cada passo deve ter um objetivo, em tradução livre), no qual retratava sua vida desde o nascimento em 1932 até sua eleição como presidente em 1995.
O ex-presidente citou declarações polêmicas de Sarkozy, que chegou a ironizar os amantes de sumô, esporte favorito do Chirac, referindo-se a "pequenas frases provocantes de um ministro que se expressava sem mostrar respeito pelo chefe de estado".
"Porém, uma reação minha, pelo menos em público, só poderia levar a um confronto, que, ao meu ver não teria sido digno do presidente da república", escreveu o ex-chefe de estado francês, que esteve à frente do país de 1995 até 2007.
Chirac também revelou que, após sua reeleição em 2002, ele achava que "Sarkozy seria o mais preparado para assumir a função de primeiro ministro", mas "ainda restam muitos mal-entendidos" entre eles.
Apesar dessas críticas, o ex-presidente reconheceu que seu sucessor tinha como qualidade uma certa sinceridade, já que "ele nunca escondeu suas ambições".