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Itamaraty articula saída de brasileiros ainda hoje da Líbia

Um navio deve transportar o grupo da cidade de Benghazi até a costa de um país mais próximo, ainda a ser definido

A medida foi tomada porque o aeroporto da capital da Líbia, Trípoli, está fechado (Dan Kitwood/GETTY IMAGES)

A medida foi tomada porque o aeroporto da capital da Líbia, Trípoli, está fechado (Dan Kitwood/GETTY IMAGES)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 11h37.

Brasília - O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, e a empresa construtora Queiroz Galvão articulam a saída de pelo menos 130 brasileiros da Líbia ainda hoje (22). Um navio deve transportar o grupo da cidade de Benghazi até a costa de um país mais próximo, ainda a ser definido. A direção da construtora negocia com os manifestantes, que dominam a cidade, para que autorizem o navio a atracar na região.

A medida foi tomada, segundo diplomatas, porque o aeroporto da capital da Líbia, Trípoli, está fechado. As pistas do Aeroporto de Benghazi estão sem condições para pousos e decolagens de aeronaves, de acordo com as autoridades. Assim, a única alternativa para os estrangeiros deixarem o país é por meio marítimo.

Desde a semana passada, a Líbia enfrenta uma série de manifestações contrárias ao governo do presidente líbio, Muammar Khadafi, que está no poder há quase 42 anos. Os manifestantes foram contidos de forma violenta por militares e policiais líbios. Há informações de que os enfrentamentos ocorreram em meio a bombardeios intensos e com o uso de violência.

A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o governo líbio e ordenou o fim da violência na região. Para as autoridades das Nações Unidas, há indícios de crimes contra a humanidade e evidências de violação de direitos humanos. As autoridades líbias negam as acusações. Mas a organizações não governamentais afirmam que os mortos podem superar 400.

No caso dos brasileiros, a Embaixada do Brasil na Líbia informou que há cerca de 600 no país. A maioria trabalha para as empresas Queiroz Galvão, Odebrecht e Andrade Gutierrez, além da Petrobras. Grande parte atua em Trípoli, mas os funcionários da Queiroz Galvão estão em Benghazi – cidade que enfrenta as manifestações mais intensas.

Por questão de segurança, a construtora Queiroz Galvão mantém as famílias de 50 brasileiros e também de empregados portugueses na casa do diretor da empresa para o Norte da África, Marcos Jordão. Há várias crianças no grupo. Os funcionários solteiros estão alojados em um hotel próximo à casa de Jordão. De acordo com relatos do grupo, todos passam bem.

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