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Itália proíbe novamente acesso de barcos de ONG a seus portos

A recusa da Itália de receber barco humanitário com mais de 600 imigrantes lançou a Europa em outra crise política

Imigrantes resgatados pelo MV Aquarius 12/6/2018. Karpov / SOS Mediterranee/REUTERS (Karpov / SOS Mediterranee/Reuters)

Imigrantes resgatados pelo MV Aquarius 12/6/2018. Karpov / SOS Mediterranee/REUTERS (Karpov / SOS Mediterranee/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de junho de 2018 às 10h08.

Última atualização em 16 de junho de 2018 às 10h54.

O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, proibiu novamente o acesso a seus portos, neste sábado (16), de dois navios de uma ONG que, segundo ele, navegavam em frente à costa líbia "à espera de seu carregamento de seres humanos", declarou no Facebook.

"Enquanto o barco 'Aquarius' navega para a Espanha (aonde chegará no domingo), outros dois navios de uma ONG de bandeira holandesa (Lifeline e Seefuchs) chegaram em frente à costa líbia, à espera de seu carregamento de seres humanos abandonados por traficantes", declarou Salvini, que também é vice-primeiro-ministro e líder da Liga (extrema direita).

"Que esses senhores saibam que a Itália já não quer ser cúmplice do negócio da imigração clandestina e que deverão buscar outros portos para se dirigirem. Como ministro e como pai, faço isso pelo bem de todos", acrescentou Salvini.

A recusa da Itália, em 10 de junho, de receber o "Aquarius", barco humanitário com mais de 600 imigrantes, lançou a Europa em outra crise política sobre o assunto migratório.

O barco ficou sem destino até que a Espanha decidiu recebê-lo no porto de Valencia, aonde deve chegar neste domingo, escoltado por dois barcos italianos.

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