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Itália detém supostos jihadistas que planejavam ataques em Veneza

Os planos foram descobertos através de escutas, que também captaram comentários exaltando o ataque em Londres de 22 de março

Veneza: segundo promotor, os detidos também "realizavam simulações para tentar fabricar explosivos em casa" (DanieleDF1995/Wikimedia Commons)
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EFE

Publicado em 30 de março de 2017 às 09h46.

Última atualização em 30 de março de 2017 às 09h46.

Roma - As forças da ordem da Itália detiveram nesta quinta-feira três supostos jihadistas originários do Kosovo, que segundo as escutas a que foram submetidos tinham planos de realizar ataques em Veneza e de viajar à Síria para se juntarem ao Estado Islâmico (EI).

Além dos três kosovares, um menor foi detido por supostamente fazer parte do grupo, que vinha sendo investigado há meses.

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As detenções se aceleraram após seus comentários exaltando o ataque em Londres de 22 de março, no qual morreram quatro pessoas.

Naquele dia, Khalid Masood, um britânico de 52 anos que adotou esse nome ao se converter ao islã, atropelou com um veículo várias pessoas na ponte de Westminster e tentou de entrar armado com uma faca no parlamento britânico.

Os três detidos começaram a avaliar a possibilidade de fazer algo parecido em Veneza, em um lugar de grande interesse turístico como a ponte de Rialto, explicaram os investigadores.

Os detidos são Fisnik Bekaj, de 24 anos, morador da província de Treviso; Dale Haziraj, de 25 anos, e Arjan Babaj, de 27, ambos residentes em Veneza. Todos eles têm permissão de residência válida e trabalhavam como garçons em um restaurante da cidade.

Os três foram detidos durante a madrugada de hoje em uma casa em Veneza, perto do teatro La Fenice, e também foram feitas buscas em 12 apartamentos da cidade e em Treviso e Mestre, localidades próximas.

Durante uma entrevista coletiva, o promotor de Veneza Adelchi D'ippolito explicou que as kosovares tinham baixado da internet manuais de combate corpo a corpo com facas e outros vídeos de propaganda do Estado Islâmico (EI).

Segundo o promotor, os detidos também "realizavam simulações para tentar fabricar explosivos em casa" e todos eles demonstravam nas escutas telefônicas "grande adesão à ideologia do EI".

A investigação começou em 2016, quando um dos detidos retornou de uma viagem à Síria e passou a ter seus computadores e telefones monitorados pelas autoridades, além de suas visitas à mesquita de Mestre.

O ministro do Interior italiano, Marco Minniti, parabenizou as forças da ordem pelo "ótimo trabalho realizado para a prevenção do terrorismo".

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