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Israelenses e palestinos iniciarão conversas de paz em fevereiro

Em setembro, o Quarteto havia fixado o dia 26 de janeiro como limite para que as as partes apresentassem visão sobre segurança e as fronteiras

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) se retirou das últimas negociações diretas de paz, em setembro de 2010, após Israel rejeitar terminar com a construção dos assentamentos (Lior Mizrahi/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2012 às 22h23.

Amã - Palestinos e israelenses concordaram nesta terça-feira em realizar encontros em fevereiro, com a mediação da Jordânia, para tentar reativar as negociações de paz entre as duas partes.

O ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Yudeh, fez o anúncio em entrevista coletiva em Amã, capital do país, onde os negociadores chefe palestino, Saeb Erekat, e israelense, Izhak Moljo, se reuniram frente a frente pela primeira vez em 16 meses.

O encontro aconteceu após os dois participarem de uma reunião com representantes dos Estados Unidos, Rússia, a União Europeia (UE) e a ONU, o chamado Quarteto para o Oriente Médio.

'Foi um encontro positivo no qual todas as partes se comprometeram com a solução de dois Estados', afirmou o chefe da diplomacia jordaniana.

No entanto, ele afirmou que não espera nem aumentar nem reduzir as expectativas sobre um acordo de paz. O chanceler disse que Erakat apresentou ao representante israelense e ao Quarteto a posição palestina sobre os problemas na fronteira e a questão da segurança.

'Moljo prometeu apresentar uma resposta à proposta palestina antes do final de mês, quando analisaremos a situação completa', indicou Yudeh.

O jordaniano afirmou que o ponto de referência para as conversas entre palestinos israelenses em Amã, no próximo mês, será o comunicado emitido pelo Quarteto em 23 de setembro, que tinha fixado o dia 26 de janeiro como limite para que as ambas as partes apresentassem sua visão sobre segurança e as fronteiras.

O chanceler também propôs um calendário para que um acordo final seja estipulado antes do fim de 2012. 'Não haverá novos anúncios sobre as reuniões em Amã, e a Jordânia terá exclusividade para informar sobre os progressos dos encontros', explicou.


Além disso, destacou que o reatamento das negociações entre israelenses e palestinos representa 'um interesse supremo' para seu país e para todo o mundo.

Perguntado sobre a condição imposta pela palestina, que exige o fim da construção de assentamentos judeus em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, Yudeh disse que 'todo mundo considera as colônias ilegais'.

Nesse sentido, afirmou que o Quarteto para o Oriente Médio considera esta prática israelense 'uma ação provocadora'. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) se retirou das últimas negociações diretas de paz, em setembro de 2010, após Israel rejeitar terminar com a construção dos assentamentos.

Horas antes da reunião, o Ministério da Habitação e da Administração de Terras de Israel anunciou a licitação de 300 casas em duas colônias judias, segundo a edição digital do diário 'Ha'aretz'.

O encontro de hoje foi criticado pelo movimento islamita Hamas, que o considera uma repetição do diálogo que fracassou nos últimos anos. Além disso, organização vê o Quarteto como um organismo controlado pelos EUA e que satisfaz somente os interesses de Israel.

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Amã - Palestinos e israelenses concordaram nesta terça-feira em realizar encontros em fevereiro, com a mediação da Jordânia, para tentar reativar as negociações de paz entre as duas partes.

O ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Yudeh, fez o anúncio em entrevista coletiva em Amã, capital do país, onde os negociadores chefe palestino, Saeb Erekat, e israelense, Izhak Moljo, se reuniram frente a frente pela primeira vez em 16 meses.

O encontro aconteceu após os dois participarem de uma reunião com representantes dos Estados Unidos, Rússia, a União Europeia (UE) e a ONU, o chamado Quarteto para o Oriente Médio.

'Foi um encontro positivo no qual todas as partes se comprometeram com a solução de dois Estados', afirmou o chefe da diplomacia jordaniana.

No entanto, ele afirmou que não espera nem aumentar nem reduzir as expectativas sobre um acordo de paz. O chanceler disse que Erakat apresentou ao representante israelense e ao Quarteto a posição palestina sobre os problemas na fronteira e a questão da segurança.

'Moljo prometeu apresentar uma resposta à proposta palestina antes do final de mês, quando analisaremos a situação completa', indicou Yudeh.

O jordaniano afirmou que o ponto de referência para as conversas entre palestinos israelenses em Amã, no próximo mês, será o comunicado emitido pelo Quarteto em 23 de setembro, que tinha fixado o dia 26 de janeiro como limite para que as ambas as partes apresentassem sua visão sobre segurança e as fronteiras.

O chanceler também propôs um calendário para que um acordo final seja estipulado antes do fim de 2012. 'Não haverá novos anúncios sobre as reuniões em Amã, e a Jordânia terá exclusividade para informar sobre os progressos dos encontros', explicou.


Além disso, destacou que o reatamento das negociações entre israelenses e palestinos representa 'um interesse supremo' para seu país e para todo o mundo.

Perguntado sobre a condição imposta pela palestina, que exige o fim da construção de assentamentos judeus em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, Yudeh disse que 'todo mundo considera as colônias ilegais'.

Nesse sentido, afirmou que o Quarteto para o Oriente Médio considera esta prática israelense 'uma ação provocadora'. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) se retirou das últimas negociações diretas de paz, em setembro de 2010, após Israel rejeitar terminar com a construção dos assentamentos.

Horas antes da reunião, o Ministério da Habitação e da Administração de Terras de Israel anunciou a licitação de 300 casas em duas colônias judias, segundo a edição digital do diário 'Ha'aretz'.

O encontro de hoje foi criticado pelo movimento islamita Hamas, que o considera uma repetição do diálogo que fracassou nos últimos anos. Além disso, organização vê o Quarteto como um organismo controlado pelos EUA e que satisfaz somente os interesses de Israel.

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