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Israel tem protestos por lei de "barriga de aluguel" que exclui homens

A lei barriga de aluguel, que foi aprovada na semana passada, inclui apenas mulheres solteiras, e não homens

Bandeira de Israel em Jerusalém Oriental (David Silverman/Getty Images)

Bandeira de Israel em Jerusalém Oriental (David Silverman/Getty Images)

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EFE

Publicado em 22 de julho de 2018 às 16h45.

Última atualização em 23 de julho de 2018 às 09h46.

Tel Aviv - Milhares de pessoas aderiram a uma greve convocada e se manifestaram neste domingo nas principais ruas de Israel para pedir igualdade de direitos na hora de ter filhos perante a lei barriga de aluguel - ou gestação de substituição - que foi aprovada na semana passada e que inclui apenas mulheres solteiras, e não homens.

A organização que agrupa as diversas correntes da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bisxuales e transexuais), La Agudá, convocou uma greve durante o dia de hoje, que, segundo fontes da organização, foi seguida por milhares de pessoas e apoiada majoritariamente pela patronal.

Diversas empresas e escritórios locais de multinacionais baseadas em Israel anunciaram apoio neste dia de protestos e disseram que permitiriam aos empregados participar da greve, segundo informou a rádio nacional "Kan".

A lei correspondente que foi aprovada no Parlamento na quarta-feira da semana passada contempla mulheres solteiras, mas não homens, de maneira que os casais formados por homens não poderão ter filhos através deste método.

Como consequência, nesta manhã centenas de manifestantes se reuniram diante da residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no Jerusalém, para protestar.

Além disso, os reunidos reprovavam a fato de Netanyahu ter expressado verbalmente que apoiaria à comunidade LGBT na aprovação da lei, mas não fez o mesmo no momento de voto.

Durante o dia todo houve manifestações, tanto em Tel Aviv, onde os manifestantes bloquearam a principal rua, como nas cidades de Haifa, Karmi'el e Beersheva.

O contrato de maternidade exige que a mulher concorde em realizar uma gravidez para outra pessoa ou parceiro, que obterá os direitos legais de paternidade após o nascimento.

Até a emenda legislativa de quarta-feira só podiam acolher a gestação de substituição casais heterossexuais, enquanto com a modificação introduzida agora, mulheres solteiras também serão contempladas pela lei. EFE

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