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Israel se prepara para libertar 26 presos palestinos

Israel libertará a partir da meia-noite 26 presos palestinos que cumprem pena desde antes dos acordos de paz de Oslo de 1993

Homem exibe bandeira palestina: esta é a segunda libertação de presos de um processo que envolve ao todo 104 detentos (Marco Longari/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 07h35.

Jerusalém - Israel libertará a partir da meia-noite 26 presos palestinos que cumprem pena desde antes dos acordos de paz de Oslo de 1993, medida que foi acertada por ambas as partes em julho e que permitiu um reatamento das negociações de paz.

Ao longo do dia, segundo o programa do Serviço de Prisões, os presos passarão por revisões médicas e por um meticuloso processo de identificação antes de assinar um documento no qual se comprometem a não cometer novos atentados contra Israel.

Esta é a segunda libertação de presos de um processo que envolve ao todo 104 detentos. A primeira ocorreu em 13 de agosto e nela também foram soltos 26 palestinos.

Todos os presos são palestinos que foram condenados por assassinato e que cumprem penas de entre 19 e 28 anos.

O que está há mais tempo atrás das grades é Issa Abed Rabbo, preso desde 1984 e condenado à prisão perpétua pelo assassinato dos israelenses Revital Seri e de seu namorado, Ron Levy.

Em 22 de outubro de 1984, Issa encontrou os dois em um riacho entre Jerusalém e Belém, amarrou-os e com a arma que tinha roubado antes disparou a queima-roupa.

Ontem, centenas de israelenses se manifestaram contra sua libertação em frente à prisão de Ofer, entre Jerusalém e Ramala, onde os 26 presos estão reunidos.


Alguns dos manifestantes levaram fotografias de vítimas israelenses de ataques palestinos junto a cartazes nos quais se lia: "Bibi não fale com terroristas" ou "Bibi paralise a libertação de presos", em referência ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Ao longo da jornada a Corte Suprema estudará os recursos apresentados contra a libertação decidida pelo governo israelense, embora não deva ocorrer atrasos pois nunca antes os juízes consideraram necessário intervir no processo.

Segundo o Serviço de Prisões, às 22h locais (18h de Brasília) está prevista a saída do ônibus com os cinco palestinos que serão devolvidos à Faixa de Gaza, e uma hora depois o dos 21 detentos que serão entregues na Cisjordânia à Autoridade Nacional Palestina (ANP).

A libertação de ambos os grupos será efetuado, conforme a legislação vigente, a partir da meia-noite local (20h de Brasília), quanto terminar o prazo para os cidadãos israelenses apelarem ao Supremo.

Enquanto isso, cresce nos territórios palestinos a expectativa de um evento que costuma comover toda a população, que recebe os presos em um ambiente de festa.

"Agradeço a deus por voltar a me reunir com ele. Ficarei muito feliz com seu retorno, da mesma forma como suas irmãs e irmãos, e temos a esperança de que possamos seguir vivendo com felicidade", disse a mãe de Issa Abed Rabbo, Amuna, à agência "Maan".

Vizinha do campo de refugiados de Deheishe, junto a Belém, Amuna afirmou que "conta os minutos", que "o rosto de seu filho está todo o tempo à frente de seus olhos" e espera que "o dia transcorra em um só minuto".

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Jerusalém - Israel libertará a partir da meia-noite 26 presos palestinos que cumprem pena desde antes dos acordos de paz de Oslo de 1993, medida que foi acertada por ambas as partes em julho e que permitiu um reatamento das negociações de paz.

Ao longo do dia, segundo o programa do Serviço de Prisões, os presos passarão por revisões médicas e por um meticuloso processo de identificação antes de assinar um documento no qual se comprometem a não cometer novos atentados contra Israel.

Esta é a segunda libertação de presos de um processo que envolve ao todo 104 detentos. A primeira ocorreu em 13 de agosto e nela também foram soltos 26 palestinos.

Todos os presos são palestinos que foram condenados por assassinato e que cumprem penas de entre 19 e 28 anos.

O que está há mais tempo atrás das grades é Issa Abed Rabbo, preso desde 1984 e condenado à prisão perpétua pelo assassinato dos israelenses Revital Seri e de seu namorado, Ron Levy.

Em 22 de outubro de 1984, Issa encontrou os dois em um riacho entre Jerusalém e Belém, amarrou-os e com a arma que tinha roubado antes disparou a queima-roupa.

Ontem, centenas de israelenses se manifestaram contra sua libertação em frente à prisão de Ofer, entre Jerusalém e Ramala, onde os 26 presos estão reunidos.


Alguns dos manifestantes levaram fotografias de vítimas israelenses de ataques palestinos junto a cartazes nos quais se lia: "Bibi não fale com terroristas" ou "Bibi paralise a libertação de presos", em referência ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Ao longo da jornada a Corte Suprema estudará os recursos apresentados contra a libertação decidida pelo governo israelense, embora não deva ocorrer atrasos pois nunca antes os juízes consideraram necessário intervir no processo.

Segundo o Serviço de Prisões, às 22h locais (18h de Brasília) está prevista a saída do ônibus com os cinco palestinos que serão devolvidos à Faixa de Gaza, e uma hora depois o dos 21 detentos que serão entregues na Cisjordânia à Autoridade Nacional Palestina (ANP).

A libertação de ambos os grupos será efetuado, conforme a legislação vigente, a partir da meia-noite local (20h de Brasília), quanto terminar o prazo para os cidadãos israelenses apelarem ao Supremo.

Enquanto isso, cresce nos territórios palestinos a expectativa de um evento que costuma comover toda a população, que recebe os presos em um ambiente de festa.

"Agradeço a deus por voltar a me reunir com ele. Ficarei muito feliz com seu retorno, da mesma forma como suas irmãs e irmãos, e temos a esperança de que possamos seguir vivendo com felicidade", disse a mãe de Issa Abed Rabbo, Amuna, à agência "Maan".

Vizinha do campo de refugiados de Deheishe, junto a Belém, Amuna afirmou que "conta os minutos", que "o rosto de seu filho está todo o tempo à frente de seus olhos" e espera que "o dia transcorra em um só minuto".

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