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Israel diz que enviará 16 mil imigrantes africanos a países ocidentais

País cancelou plano que deportaria imigrantes africanos de volta à África para, em vez disso, enviá-los a países ocidentais

Israel: país disse nesta segunda-feira que cancelou um plano para deportar imigrantes africanos de volta à África (Corinna Kern/Reuters)
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Reuters

Publicado em 2 de abril de 2018 às 11h58.

Jerusalém - Israel disse nesta segunda-feira que cancelou um plano para deportar imigrantes africanos de volta à África, afirmando que chegou a um acordo com a agência de refugiados da ONU para, em vez disso, enviar mais de 16 mil pessoas a países ocidentais.

Outros imigrantes, muitos dos quais em busca de asilo, poderão permanecer em Israel ao menos pelos próximos cinco anos, disse o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em comunicado.

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O destino de cerca de 37 mil africanos em Israel tem representado um dilema moral para um Estado que foi fundado como um refúgio para judeus e como um lar nacional. O governo de direita está sob pressão de sua base eleitoral nacionalista para expulsar os imigrantes, enquanto outros estão pedindo para que eles sejam acolhidos.

Em fevereiro, Israel começou a distribuir notificações para 20 mil imigrantes africanos homens, dando dois meses para deixar o país ou arriscarem serem presos.

Entretanto, grupos de direitos humanos defendendo os imigrantes dizem que muitos deles fugiram de situações de abuso e de guerra e que sua expulsão, mesmo para outros países na África, os colocaria em mais risco.

"Israel e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados chegaram a um entendimento sem precedentes para a saída de ao menos 16,250 imigrantes... para nações ocidentais", disse o comunicado de Israel, sem citar os países.

 

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