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Israel construirá mais colônias durante processo de paz

Ministro israelense afirmou que país construirá mais colônias durante o processo de paz que mantém com os palestinos

Construção de prédios em assentamento judeu na Cisjordânia: "seguiremos construindo bairros judeus", disse ministro israelense do Interior (Amir Cohen/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 09h52.

Jerusalém - Israel construirá mais colônias durante o processo de paz que mantém com os palestinos, declarou nesta terça-feira o ministro israelense do Interior e membro do governante Likud, Gideon Sa"ar.

"Seguiremos construindo bairros judeus em Jerusalém Oriental e assentamentos durante as negociações com os palestinos", afirmou o ministro ao visitar um colégio da colônia de Ma"aleh Adumim, em Jerusalém Oriental, por ocasião do início do ano letivo.

O responsável israelense assegurou que "hoje vivem mais de 300 mil judeus nas colônias. Não pode haver e não haverá uma paralisação", publicou o site de notícias "Ynet".

A construção de colônias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados por Israel em 1967 e que os palestinos reivindicam como parte de seu Estado, foi precisamente um dos principais empecilhos para processos de paz anteriores e impediu o reatamento do atual, patrocinado por Washington.

As declarações de Sa"ar acontecem depois que na segunda-feira foi revelado que um projeto para construir 1.600 novas casas no assentamento judaico de Ramat Shlomo, em Jerusalém Oriental, recebeu o financiamento necessário para seguir adiante.

O lançamento do projeto durante uma visita do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, em 2010, à região suscitou uma crise diplomática entre Israel e seu principal aliado no mundo.


Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), condenou a aprovação do financiamento do projeto e afirmou que "as intenções de Israel de construir 1.600 unidades no assentamento ilegal de Ramat Shlomo (...) são uma continuação da política de Israel de levar a cabo uma flagrante limpeza étnica em Jerusalém Oriental".

Ashrawi acrescentou que "constituem uma absoluta falta de respeito com a iniciativa do secretário de Estado americano, John Kerry, e um golpe direto à paz", e expressou que "Israel deve ser responsabilizado por isso e obrigado a cessar e desistir antes que destrua para sempre as opções de paz".

O projeto também foi condenado por governos e organizações do mundo todo como um fator desestabilizador das conversas de paz entre israelenses e palestinos.

De acordo com o jornal "The Jerusalem Post", o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assegurou a Washington, a fim de aliviar a tensão do anúncio, que a construção em Ramat Shlomo não começará até dentro de dois anos.

A morte de três jovens palestinos ontem durante uma operação israelense na cidade de Kalandia, na Cisjordânia, levou ao à primeira parada brusca do processo de diálogo com o cancelamento de encontros posteriores entre as equipes negociadores israelenses e palestinos, apenas um mês após seu início.

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Jerusalém - Israel construirá mais colônias durante o processo de paz que mantém com os palestinos, declarou nesta terça-feira o ministro israelense do Interior e membro do governante Likud, Gideon Sa"ar.

"Seguiremos construindo bairros judeus em Jerusalém Oriental e assentamentos durante as negociações com os palestinos", afirmou o ministro ao visitar um colégio da colônia de Ma"aleh Adumim, em Jerusalém Oriental, por ocasião do início do ano letivo.

O responsável israelense assegurou que "hoje vivem mais de 300 mil judeus nas colônias. Não pode haver e não haverá uma paralisação", publicou o site de notícias "Ynet".

A construção de colônias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados por Israel em 1967 e que os palestinos reivindicam como parte de seu Estado, foi precisamente um dos principais empecilhos para processos de paz anteriores e impediu o reatamento do atual, patrocinado por Washington.

As declarações de Sa"ar acontecem depois que na segunda-feira foi revelado que um projeto para construir 1.600 novas casas no assentamento judaico de Ramat Shlomo, em Jerusalém Oriental, recebeu o financiamento necessário para seguir adiante.

O lançamento do projeto durante uma visita do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, em 2010, à região suscitou uma crise diplomática entre Israel e seu principal aliado no mundo.


Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), condenou a aprovação do financiamento do projeto e afirmou que "as intenções de Israel de construir 1.600 unidades no assentamento ilegal de Ramat Shlomo (...) são uma continuação da política de Israel de levar a cabo uma flagrante limpeza étnica em Jerusalém Oriental".

Ashrawi acrescentou que "constituem uma absoluta falta de respeito com a iniciativa do secretário de Estado americano, John Kerry, e um golpe direto à paz", e expressou que "Israel deve ser responsabilizado por isso e obrigado a cessar e desistir antes que destrua para sempre as opções de paz".

O projeto também foi condenado por governos e organizações do mundo todo como um fator desestabilizador das conversas de paz entre israelenses e palestinos.

De acordo com o jornal "The Jerusalem Post", o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assegurou a Washington, a fim de aliviar a tensão do anúncio, que a construção em Ramat Shlomo não começará até dentro de dois anos.

A morte de três jovens palestinos ontem durante uma operação israelense na cidade de Kalandia, na Cisjordânia, levou ao à primeira parada brusca do processo de diálogo com o cancelamento de encontros posteriores entre as equipes negociadores israelenses e palestinos, apenas um mês após seu início.

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